Durante um evento no Palácio do Planalto nesta terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gerou controvérsia ao abordar o tema da violência doméstica em um contexto esportivo.
Lula afirmou que a violência contra a mulher aumenta após jogos de futebol, citando especificamente os torcedores do Corinthians, clube do qual é adepto.
“Hoje eu fiquei sabendo uma notícia triste. Tem pesquisa, Haddad, que mostra que depois de um jogo de futebol aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perde, eu lamento profundamente”, disparou.
A declaração foi parte de um discurso maior sobre a importância da presença feminina nos espaços de poder, evidenciado pelo número de mulheres presentes na reunião com empresários do setor alimentício.
Lula elogiou a participação feminina, ressaltando ser a primeira vez que tantas mulheres estiveram presentes em uma reunião desse tipo em seu governo.
“Quero dizer para vocês que é louvável, é extraordinário, é a primeira reunião que nós fazemos com empresário com nove mulheres, nove mulheres. (…) Eu nunca fiz uma reunião com tantas mulheres aqui dentro”, disse.
Apesar da gafe, Lula tem um histórico de condenação à violência doméstica. Em abril, ele reafirmou seu posicionamento contra esse tipo de agressão e na tarde de terça-feira, sancionou uma lei que garante o sigilo do nome da vítima em processos de violência doméstica.
No entanto, as recentes acusações contra Luis Claudio Lula da Silva, filho caçula do presidente, por uma ex-companheira, colocaram o presidente sob maior escrutínio.