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Inelegível, investigado e indiciado por Jandira Feghali

No dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou uma medalha ao presidente argentino, perdeu uma ótima oportunidade de se dar também uma comenda. Para Milei, a medalha inscrita com “IMORRÍVEL, IMBROCHÁVEL e INCOMÍVEL”. Para ele próprio, viriam a calhar outros 3 “is”: “INELEGÍVEL, INVESTIGADO e INDICIADO”. No primeiro caso, algo bastante bizarro, cafona e […]

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A sociedade acompanha os fatos e já consegue ultrapassar a onda de fake news que não apresenta sequer uma tese de defesa para os atos criminosos cometidos / Fábio Rodrigues Pozzebom / ABR

No dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou uma medalha ao presidente argentino, perdeu uma ótima oportunidade de se dar também uma comenda. Para Milei, a medalha inscrita com “IMORRÍVEL, IMBROCHÁVEL e INCOMÍVEL”. Para ele próprio, viriam a calhar outros 3 “is”: “INELEGÍVEL, INVESTIGADO e INDICIADO”. No primeiro caso, algo bastante bizarro, cafona e de mau gosto, bem ao estilo da família Bolsonaro. No segundo, uma realidade que não conseguem mais esconder.

O mais novo indiciamento de Bolsonaro se dá por apropriação, desvio e venda ilegal de patrimônio público, patrimônio do Estado brasileiro. Ele simplesmente desviou para os Estados Unidos as famigeradas joias e artigos de luxo, que valem milhões, recebidos como presidente da República, e os vendeu, apropriando-se do valor proveniente da transação realizada em dinheiro para dificultar a identificação dos valores e o destino dos recursos.

Todos os argumentos utilizados até agora por ele são contraditórios e mentirosos, o que se pode constatar pelas mensagens de WhatsApp entre ele e o seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid; entre ele e seu advogado, Fábio Wajngarten; e entre ele e o restante de sua trupe. Alguns desses ja fizeram seus depoimentos e afirmam o conhecimento de tudo pelo chefe. Não poderia estar mais claro que o sr. Jair Bolsonaro era chefe de uma organização criminosa, razão de um dos indiciamentos.

Uma grande operação corrupta com desvio de milhões de reais, em mãos, para outro país, a fim de vender ilegalmente patrimônio público. Mas não é a única. Há também indiciamento por falsificação de cartão de vacina e, no relatório da CPI do Senado, ainda a indicação de indiciamento por corrupção na compra de vacinas. Outros 24 inquéritos tramitam no Supremo Tribunal Federal, o que o faz estar bem perto de se tornar réu na Suprema Corte. E assim seja!

Obviamente, o temor dele e de seus comparsas é, de fato, a prisão. Destino certo para suas atitudes como chefe de Estado. Na propaganda bolsonarista, um governo da honestidade. Na realidade das apurações, um governo ladrão e que cometeu diversos outros crimes. E, diante de tantos dados, tudo indica que Jair Bolsonaro era o comandante dessa organização criminosa, a partir do Palácio do Planalto.

A sociedade brasileira acompanha os fatos e já consegue ultrapassar a onda de fake news que não apresenta sequer uma tese de defesa para os atos criminosos cometidos. E, à medida que a máscara vai caindo, a verdade sobre a diferença entre os governos Bolsonaro e Lula fica patente. Basta ver o resultado de pesquisa recente, em que a aprovação de Lula sobe em todas as faixas etárias, em várias regiões do Brasil, não apenas no Nordeste, mas também no Centro-Oeste e no Sudeste – sobe, inclusive, entre os evangélicos e entre as mulheres.

Isso demonstra a melhoria da qualidade de vida, o reconhecimento das entregas feitas pelo presidente Lula em todos os campos e em todos os ministérios, a sua dedicação em cumprir os seus compromissos de campanha. Um sentimento crescente de que o Pais está mudando. Enfim, a possibilidade real de a sociedade reconstruir a sua vida, o País ser reconstruído em outras bases, com um projeto de desenvolvimento, de trabalho, oportunidades e de perspectivas e de sonhos para a juventude, que perdeu completamente essa possibilidade no governo anterior. Fica o retrato atual: o ex-presidente a caminho do cárcere; e o presidente Lula em direção à sua aprovação cada vez maior na sociedade brasileira.

Tenho orgulho de ter estado ao lado dos que resistiram ao neofascismo no Brasil. Fizemos a disputa política na sociedade, as eleições foram ganhas. Mas é preciso derrotar os falsos valores, a anticiência e a anticultura, os ataques à educação e ao povo que mais precisa da mão do Estado. Combater diariamente a misoginia, o racismo e a homofobia, sem armas ou tragédias. Fazer valer os princípios de um Estado laico, onde a fé de cada um e cada uma, qualquer que seja, seja respeitada e professada livre de interesses políticos.

O Brasil voltou. E, com ele, um novo projeto de país e a certeza de que mais uma página infeliz de nossa história será superada. Com justiça, punição e reparação. #SemAnistia.

Jandira Feghali é deputada federal (PCdoB-RJ), vice-líder da Minoria na Câmara dos Deputados e vice-presidente nacional do PCdoB

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Jandira Feghali

Jandira Feghali (Curitiba, 17 de maio de 1957) é uma médica, videasta e política brasileira filiada ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Construiu sua carreira política pelo estado do Rio de Janeiro.

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