O presidente dos EUA, Joe Biden, está se preparando para propor grandes mudanças na Suprema Corte e seus poderes nas próximas semanas, que incluiriam limites de mandato para juízes e um código de ética aplicável, de acordo com relatos da mídia dos Estados Unidos.
Biden também está avaliando se deve pedir uma emenda constitucional para eliminar a ampla imunidade presidencial concedida pelo tribunal em seu mandato mais recente, informaram o Washington Post e a Associated Press na terça-feira.
Durante uma ligação com o Congressional Progressive Caucus no sábado, Biden disse que haveria alguma forma de reforma na Suprema Corte que ele revelaria ou tentaria implementar, de acordo com uma fonte familiarizada com a discussão.
Mudanças no tribunal superior exigiriam aprovação do Congresso, o que seria improvável em um Congresso dividido.
No entanto, com o ex-presidente e atual candidato presidencial Donald Trump se gabando de colocar três juízes na Suprema Corte que agora fazem parte de sua maioria conservadora, o apelo de Biden por grandes mudanças pode ajudar a animar seus eleitores.
Em uma publicação em sua plataforma de mídia social Truth Social, Trump criticou a possível ação de Biden, dizendo: “Os democratas estão tentando interferir na eleição presidencial e destruir nosso sistema de justiça, atacando seu oponente político, ME, e nossa Honorável Suprema Corte. Temos que lutar por nossos tribunais justos e independentes e proteger nosso país.”
Trump, que deve aceitar formalmente a indicação presidencial do Partido Republicano na quinta-feira, enfrentará Biden na eleição de 5 de novembro, uma repetição da disputa de 2020.
Em outubro, um grupo bipartidário de especialistas jurídicos expressou seu apoio aos limites de mandato de 18 anos para juízes da Suprema Corte como uma forma de impedir o partidarismo e melhorar a reputação do judiciário.
De acordo com uma pesquisa realizada pela Associated Press em 2022, cerca de dois em cada três americanos dizem ser a favor de limites de mandato ou de uma idade de aposentadoria obrigatória para juízes da Suprema Corte.
De acordo com uma pesquisa realizada em junho, a confiança na Suprema Corte continua baixa, com quatro em cada dez adultos norte-americanos dizendo que não têm muita confiança nas pessoas que comandam o principal órgão judicial.
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