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PIB: FMI sobe previsão de crescimento do Brasil para 2025

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento do Brasil em 2025, refletindo os esforços de reconstrução após as enchentes no Rio Grande do Sul, conforme novas estimativas divulgadas nesta terça-feira (16). O FMI agora projeta uma expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no próximo ano, uma […]

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Novo relatório destaca impacto positivo da recuperação no Rio Grande do Sul e a aceleração da produção de hidrocarbonetos na economia brasileira / Marcelo Camargo / Agência Brasil / EBC

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para cima a previsão de crescimento do Brasil em 2025, refletindo os esforços de reconstrução após as enchentes no Rio Grande do Sul, conforme novas estimativas divulgadas nesta terça-feira (16).

O FMI agora projeta uma expansão de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no próximo ano, uma revisão de 0,3 ponto percentual em relação à estimativa de abril.

“O crescimento foi revisado para cima em 2025 para o Brasil para refletir a reconstrução após as enchentes e fatores estruturais positivos, como a aceleração da produção de hidrocarbonetos”, explicou o FMI no relatório.

Para 2024, o FMI já havia reduzido a estimativa de crescimento da economia brasileira para 2,1%, 0,1 ponto percentual a menos do que o calculado em abril, devido às enchentes no Rio Grande do Sul, a uma política monetária ainda restritiva, questões fiscais e a normalização da produção agrícola.

Em sua análise final após uma visita ao Brasil, a equipe do FMI projetou que o crescimento se fortalecerá para 2,5% no médio prazo, uma revisão para cima de 0,5 ponto percentual desde a visita em 2023, impulsionado por ganhos de eficiência com a reforma tributária e aumento da produção de hidrocarbonetos.

O PIB do Brasil teve um bom início de ano, crescendo 0,8% nos primeiros três meses em relação ao período anterior, mas o segundo trimestre foi marcado pelas fortes chuvas que afetaram o Rio Grande do Sul no final de abril e em maio.

Embora as inundações tenham impactado safras agrícolas, indústrias e a logística no estado, resultados acima do esperado de diferentes setores da economia levaram analistas a avaliar que os impactos negativos foram menores do que o esperado na atividade econômica do Brasil como um todo.

O IBGE divulgará os números do PIB brasileiro no segundo trimestre em 3 de setembro.

América Latina

A revisão para baixo da previsão de crescimento do Brasil também contribuiu para a redução da estimativa para a América Latina e o Caribe este ano, junto com um corte de 0,2 ponto na expansão prevista para o México, agora estimada em 2,2%, devido à moderação da demanda.

A estimativa de crescimento da região passou para 1,9% em 2024, de 2,0% em abril. Para 2025, a previsão é de 2,7%, ante 2,5% anteriormente.

A perspectiva para as Economias de Mercados Emergentes e em Desenvolvimento, das quais o Brasil faz parte, teve um ligeiro ajuste para cima de 0,1 ponto percentual tanto este ano quanto no próximo, para 4,3% em ambos.

Crescimento global

A economia global deverá registrar crescimento modesto nos próximos dois anos, em meio ao arrefecimento da atividade nos Estados Unidos, uma melhora na Europa e um consumo e exportações mais fortes na China, mas há muitos riscos para essa trajetória, disse o FMI.

O FMI alertou em seu relatório que o ímpeto na luta contra a inflação está diminuindo, o que poderia atrasar ainda mais o afrouxamento das taxas de juros e manter a forte pressão do dólar sobre as economias em desenvolvimento.

O Fundo manteve sua previsão de crescimento real do PIB global para 2024 em 3,2% e aumentou a projeção para 2025 em 0,1 ponto percentual em relação a abril, para 3,3%.

No entanto, a revisão refletiu algumas mudanças entre as principais economias, com a previsão de crescimento dos EUA para 2024 reduzida em 0,1 ponto percentual, para 2,6%, devido ao consumo mais lento do que o esperado no primeiro trimestre.

A previsão de crescimento do Fundo para os EUA em 2025 permaneceu em 1,9%, uma desaceleração impulsionada pelo esfriamento do mercado de trabalho e pela moderação dos gastos em resposta à política monetária restritiva.

“O crescimento nas principais economias avançadas está se tornando mais alinhado à medida que as lacunas de produção estão se fechando”, disse o economista-chefe do FMI, Pierre-Olivier Gourinchas, em uma publicação no blog que acompanha o relatório, acrescentando que os EUA estão mostrando sinais crescentes de desaceleração, enquanto a Europa deve se recuperar.

O FMI elevou significativamente sua previsão de crescimento da China em 2024 para 5,0% – igualando a meta do governo chinês para o ano – de 4,6% em abril, devido a uma recuperação do consumo privado no primeiro trimestre e a exportações fortes. O FMI também aumentou sua previsão de crescimento da China para 2025 de 4,1% em abril para 4,5%.

Com informações da Reuters

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