No dia 25 de agosto de 2020, advogadas do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, estiveram no Palácio do Planalto para uma reunião que não consta na agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro.
O encontro ocorreu um dia após uma reunião gravada, envolvendo o presidente e outros altos funcionários, como Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin, e o General Heleno, do GSI. Esta gravação foi liberada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira.
De acordo com registros do Palácio obtidos via Lei de Acesso à Informação, as advogadas acessaram o local às 18h42 e saíram às 19h56.
Na gravação de agosto, Jair Bolsonaro expressou intenção de comunicar-se com líderes da Receita Federal e do Serpro para potencialmente obstruir investigações sobre acusações de “rachadinha” contra seu filho.
No áudio divulgado, as advogadas argumentam que os dados fiscais de Flávio foram examinados ilegalmente, solicitando uma investigação especial do Serpro para verificar a validade dessas alegações. No entanto, investigações subsequentes da Receita não sustentaram essas acusações.
A Polícia Federal aponta que um dos focos de investigação é identificar membros da Receita que estavam à frente do caso, para removê-los das investigações, o que se concretizou meses depois com o afastamento do servidor Christiano Paes Leme Botelho, monitorado por uma suposta Abin paralela.
O STF, através do ministro Alexandre de Moraes, removeu o sigilo do áudio, aumentando as suspeitas de uma possível tentativa de interferência nas investigações por parte do entorno do presidente.
Com informações do G1
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