Taí mais um fator para complicar a vida dos pessimistas com as perspectivas econômicas do Brasil.
O Brasil se tornou, nos últimos três anos, num dos maiores exportadores mundiais de petróleo. Como a demanda permanece aquecida, no mundo inteiro, não há previsão de que os preços do petróleo baixem nos próximos anos.
Nos últiimos 12 meses, até junho, as exportações brasileiras de petróleo somaram US$ 61 bilhões, segundo o banco de dados para comércio exterior do governo, o Comexstat.
Isso representou um crescimento de 12% sobre o ano anterior, que já havia sido um recorde histórico.
Na verdade, as exportações de petróleo tem batido recordes todos os anos, desde 2021.
Em 10 anos, as exportações nacionais de petróleo triplicaram.
Entretanto, os dados mais impressionantes estão na balança brasileira do petróleo (exportações menos importações).
Deficitária até 2016, chegando a US$ 14 bilhões negativos em 2014, a balança nacional de petróleo vem batendo recordes positivos desde 2017, chegando a US$ 34 bilhões de superávit em 2024.
Os períodos mencionados aqui são todos de 12 meses de julho a junho.
O crescimento do saldo do petróleo em 2024, na comparação com o ano anterior, é de 72%!
Nossos principais parceiros comerciais, no setor de petróleo, foram China, EUA, Espanha, Holanda, Rússia, Arábia Saudita, Argélia, Argentina e Kuweit.
Os quatro primeiros (China, EUA, Espanha e Holanda) foram nossos principais compradores. Os outros venderam petróleo para nós.
A China foi, de longe, nossa principal compradora. O saldo brasileiro do petróleo com a China nos últimos 12 meses (jul/jun) foi de US$ 22,7 bilhões, o que representou 65% do saldo total do Brasil obtido com o produto.
Do lado das nossas compras, nosso principal fornecedor, nos últimos 12 meses, foi a Rússia, de quem nós compramos US$ 7,23 bilhões no período, principalmente na forma de petróleo já industrializado, sobretudo diesel.
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