PF investiga gabinete do ódio e desvios na Abin no governo Bolsonaro

Foto: Alan Santos/PR

A Polícia Federal (PF) lançou a 4ª fase da Operação Última Milha, que investiga supostos desvios na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro e a atuação do “gabinete do ódio”.

Os agentes federais estão cumprindo cinco mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, todos expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). As operações estão ocorrendo em Brasília/DF, Curitiba/PR, Juiz de Fora/MG, Salvador/BA e São Paulo/SP.

Entre os alvos de prisão está Mateus Sposito, ex-assessor do Ministério das Comunicações no governo Bolsonaro, suspeito de integrar o gabinete do ódio. José Matheus Sales, ex-assessor do Palácio do Planalto, foi alvo de busca e apreensão, conforme informações do colunista Aguirre Talento, do UOL.

A investigação também mira ex-integrantes da Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, atual deputado federal e pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro. Há suspeitas de que a agência tenha sido usada para produzir e divulgar notícias falsas clandestinamente.

Nesta fase, a PF está apurando se a Abin atuou ilegalmente para espalhar fake news sobre membros dos Três Poderes e jornalistas, além de acessar ilegalmente computadores, telefones e infraestrutura de telecomunicações para monitorar indivíduos e agentes públicos.

“Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio”, informou a PF em nota.

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