Ministros do STF já sinalizam que provas contra Bolsonaro são robustas no caso das joias

Esse "rolo", comum na vida de muitos brasileiros, reflete a identificação com o ex-presidente e seus aliados, que são vistos como homens comuns e trabalhadores. / Bolsonaro/Divulgação

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) consideram que há “provas robustas” em relatório da Polícia Federal (PF) que pode levar ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A informação é da jornalista Bela Megale, no Globo.

O relatório sugere a participação de Bolsonaro em uma trama para desviar joias e outros itens de luxo que ele recebeu como representante do Estado brasileiro.

O relatório da PF descreve uma organização criminosa que operava no entorno do ex-presidente, desviando itens como joias e relógios de marcas prestigiadas como Rolex e Patek Philippe, avaliados em cerca de US$ 68 mil. Estes presentes foram originalmente oferecidos pela Arábia Saudita e pelo Bahrein durante o mandato de Bolsonaro.

O documento, que conta com mais de 400 páginas, já foi enviado ao Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, pelo ministro Alexandre de Moraes. Gonet afirmou que abordará o caso com a cautela necessária e “sem pressa”, especialmente devido às proximidades das eleições municipais de outubro.

Três ministros do STF, em conversas reservadas, destacaram a robustez das evidências que ligam Bolsonaro ao esquema. A decisão sobre o indiciamento agora depende da Procuradoria-Geral da República, que começará a analisar o material.

A expectativa é que uma possível denúncia só seja apresentada após as eleições municipais, caso não ocorra até 16 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral.

A PGR também mostrou cautela em outros casos envolvendo o ex-presidente, como um suposto esquema de fraude em cartões de vacina, onde diligências adicionais foram solicitadas para esclarecer aspectos do caso antes de uma decisão final sobre denúncia ou arquivamento.

A defesa de Bolsonaro tem negado as acusações, descrevendo o inquérito como “insólito” e afirmando que o ex-presidente nunca teve a intenção de se beneficiar indevidamente dos bens em questão.

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