Extrema pobreza no Brasil cai 50% em dois anos, aponta FGV

Segundo o estudo, a principal razão para essa diminuição foi o investimento em políticas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial e o aumento do Bolsa Família. / Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

Um estudo do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), mostra que a extrema pobreza no Brasil caiu pela metade nos últimos dois anos, com uma queda significativa no Nordeste — a região que possui a maior proporção de pessoas em situação de pobreza no país.

Em 2021, o Brasil registrava 19.200.870 pessoas em extrema pobreza. Esse grupo, que representava quase 10% da população e aumentou durante a pandemia de Covid-19, vivia com menos de R$ 209 por mês.

Dois anos depois, esse número foi reduzido para 9.672.217 pessoas. Metade das pessoas que saíram da extrema pobreza nesse período residem no Nordeste.

Segundo o estudo, a principal razão para essa diminuição foi o investimento em políticas de transferência de renda, como o Auxílio Emergencial e o aumento do Bolsa Família.

Outros fatores que contribuíram para essa redução incluem a valorização do salário mínimo, a recuperação econômica, o retorno do turismo e um período de chuvas mais regulares.

Os estados com as maiores reduções na taxa de extrema pobreza foram Rio Grande do Norte (56,9%), Paraíba (55,1%) e Pernambuco (51,7%). O estudo também mostrou uma diminuição no número de pessoas em situação de pobreza, com uma queda de 22,9%, passando de 78.384.367 em 2021 para 60.406.051 em 2023.

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