Cresce a pressão para Biden desistir da candidatura para evitar vitória de Trump

O presidente Biden se descreveu como a "primeira mulher negra a servir com um presidente negro", distorcendo suas palavras durante uma entrevista na quinta-feira. / Foto: AFP via Getty Images

Uma série de declarações de figuras do Partido Democrata sugere uma crescente pressão para que o presidente Joe Biden não concorra à reeleição.

Desde segunda-feira, mais líderes democratas expressaram preocupações sobre a viabilidade de Biden na próxima eleição presidencial, refletindo temores de que sua candidatura possa afetar negativamente as chances do partido nas disputas congressionais.

No último levantamento, Peter Welch, senador pelo partido, foi o primeiro a solicitar publicamente a desistência de Biden.

Welch expressou suas preocupações em um artigo para o Washington Post, onde argumenta que, apesar dos esforços passados de Biden contra Donald Trump, ele deveria reconsiderar sua candidatura.

George Clooney, um destacado apoiador democrata, também expressou uma opinião semelhante no New York Times.

Esta onda de descontentamento culminou em um momento crítico para a campanha de Biden, marcado por uma entrevista coletiva programada para as 18h30 desta quinta-feira, onde o presidente deverá responder diretamente sobre suas condições físicas e cognitivas.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, descreveu o evento como uma “coletiva de menino grande”, indicando a importância do evento para a campanha.

Além disso, representantes como Pat Ryan e Earl Blumenauer também se manifestaram pela saída de Biden da corrida, somando-se a outros democratas que expressaram publicamente essa opinião.

Nancy Pelosi, ex-presidente da Câmara e uma das principais lideranças do partido, sinalizou em uma entrevista que Biden deveria tomar uma decisão definitiva em breve.

Em resposta, a campanha de Biden intensificou suas atividades, incluindo a programação de uma nova entrevista para a rede NBC na segunda-feira, a segunda em duas semanas. Isso faz parte de uma estratégia para expor mais o presidente ao escrutínio público e demonstrar sua capacidade de liderar sem assistência.

A situação mostra que a instabilidade dentro do partido ainda persiste, apesar de esforços para consolidar apoio em torno de Biden, enquanto líderes partidários e eleitores avaliam as implicações de sua candidatura para o futuro político do partido e do país.

Com informações da Folha

Redação:
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.