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Cid usou residência militar para entrega de relógio Rolex

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), utilizou sua residência no Setor Militar Urbano, próxima ao Quartel-General do Exército em Brasília, para entregar um relógio Rolex, presenteado ao governo brasileiro, a outro assistente do ex-presidente. A área é conhecida por sua segurança reforçada. De acordo com o colunista Guilherme Amado, do […]

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O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid. / Foto: © Lula Marques/Agência Brasil

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), utilizou sua residência no Setor Militar Urbano, próxima ao Quartel-General do Exército em Brasília, para entregar um relógio Rolex, presenteado ao governo brasileiro, a outro assistente do ex-presidente. A área é conhecida por sua segurança reforçada.

De acordo com o colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, a informação é baseada em mensagens, vídeos do aeroporto de Brasília e no depoimento de Osmar Crivellati, ex-assistente de ordens de Bolsonaro, conforme relatado pela Polícia Federal (PF).

No dia 2 de abril do ano passado, Cid chegou a Brasília com o relógio Rolex na mochila, que havia sido recomprado nos Estados Unidos por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro. Wassef entregou o item de luxo a Cid no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, segundo o depoimento de Cid à PF.

A equipe de Bolsonaro estava em uma corrida para devolver à União os bens vendidos irregularmente, temendo uma decisão iminente do Tribunal de Contas da União (TCU).

Osmar Crivellati contou aos investigadores que, naquele dia, ele pegou Cid no aeroporto de Brasília e o levou até sua casa no Setor Militar Urbano. “Após o desembarque das filhas [de Cid], Cid aproximou-se do declarante [Crivellati] e lhe entregou o relógio Rolex de ouro branco”, afirmou Crivellati à PF.

A PF indiciou Bolsonaro, Cid, Wassef, Crivellati e mais oito pessoas no inquérito das joias. Wassef foi indiciado por lavagem de dinheiro e associação criminosa. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se vai denunciar os investigados ao STF.

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