O pior passou: Quaest identifica impressionante recuperação na aprovação de Lula

09.07.2024 - Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião ampliada com o Presidente do Estado Plurinacional da Bolívia, Luis Arce. Santa Cruz de la Sierra, Bolívia. Foto: Ricardo Stuckert / PR

O período mais difícil para Lula parece ter ficado para trás. Segundo a última pesquisa Quaest, divulgada hoje, o presidente recuperou todos os seus pontos de aprovação perdidos nos últimos meses. É uma boa lição para quem permanece focado apenas no humor neurastênico de redes sociais. A população, em geral, está gostando, e muito, do governo!

O trabalho que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza é aprovado por 54% dos brasileiros, conforme aponta a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10). Esse índice representa uma subida de quatro pontos percentuais em relação ao levantamento anterior. Outros 43% dos entrevistados desaprovam o governo, enquanto 4% não souberam ou não responderam.

Em maio, o índice de aprovação era de 50%, com 47% desaprovando o governo e 2% não sabendo ou não respondendo. Chegando aos 54%, a aprovação retorna ao patamar verificado pelo instituto em outubro e dezembro de 2023. O melhor índice que o governo Lula atingiu até agora, segundo a Quaest, foi de 60% de aprovação em agosto do ano passado. Ao mesmo tempo, a desaprovação recuou quatro pontos percentuais.

Para realizar a pesquisa, foram entrevistadas 2.000 pessoas, presencialmente, entre os dias 5 e 8 de julho. O público-alvo foi de eleitores com 16 anos ou mais. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Desempenho positivo foi puxado especialmente pela melhora entre quem tem renda familiar de até 2 salários: a aprovação foi de 62% para 69%, enquanto a desaprovação foi de 35% para 26%. Nos outros estratos de renda não houve variação significativa.

A aprovação também melhorou entre as mulheres. No começo do ano, a diferença entre aprovação e desaprovação era de apenas 6 pontos; em julho, essa diferença triplicou e foi para 18 pontos. Entre os homens, permanece um empate técnico dentro da margem de erro.

Entre os evangélicos, a aprovação do governo também melhorou. Em fev/24, a desaprovação era 27 pontos maior que a aprovação nesse segmento. Em jul/24, a diferença caiu para 10 pontos. A vantagem do governo Lula entre católicos continua alta, na média, estável em 60 x 40.

Além da aprovação e desaprovação do presidente, a pesquisa também mediu a avaliação do governo Lula. Segundo os dados, 36% dos entrevistados avaliam positivamente a gestão do presidente, enquanto 30% têm uma avaliação negativa. Aqueles que consideram a gestão governamental “regular” representam 30% dos entrevistados.

Outro aspecto abordado pela pesquisa foi a opinião dos brasileiros sobre as críticas do presidente Lula à política de juros do Banco Central (BC). Segundo o levantamento, 66% dos brasileiros concordam com as críticas de Lula à política de juros do BC. Outros 23% afirmaram não concordar com as críticas, enquanto 11% não souberam ou não responderam.

O presidente retomou os ataques ao BC e ao presidente Roberto Campos Neto há cerca de um mês, antes da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu interromper a queda do ciclo de juros, mantendo a Selic em 10,5% ao ano. Entre as críticas, Lula pontuou que o BC é um banco do Estado brasileiro e que não pode estar a serviço do mercado financeiro. Ele também afirmou que Campos Neto tem um lado político e que trabalha para prejudicar o país.

O presidente do BC evitou responder aos ataques, pontuando que as decisões tomadas pela autarquia sempre tiveram caráter técnico. Segundo a pesquisa, 53% dos brasileiros acreditam que Campos Neto tende a usar critérios técnicos na condução do BC, enquanto 28% afirmam que ele não usa, e 19% não souberam ou não responderam.

Lula também ressaltou que o chefe da autarquia monetária foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Apesar dos ataques reiterados de Lula, 69% dos entrevistados pela Genial/Quaest afirmaram não saber que o ex-presidente havia nomeado Campos Neto para o comando do BC, contra 29% que tinham conhecimento do fato e 2% que não souberam ou não responderam.

Você pode baixar a íntegra da pesquisa por aqui.

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