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Inflação chega a uma das menores taxas da história

Taí a melhor explicação para a melhora na aprovação de Lula. A inflação desabou para 0,21% em junho, menos da metade do que foi no mês anterior. Segundo um cálculo que faz a média dos diversos “núcleos de inflação”, ela baixou para 3,5% no acumulado 12 meses, uma das menores taxas da história brasileira. Um […]

2 comentários
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Foto: Helena Pontes


Taí a melhor explicação para a melhora na aprovação de Lula. A inflação desabou para 0,21% em junho, menos da metade do que foi no mês anterior.

Segundo um cálculo que faz a média dos diversos “núcleos de inflação”, ela baixou para 3,5% no acumulado 12 meses, uma das menores taxas da história brasileira.

Um aspecto ainda mais positivo é que houve mais um recuo expressivo na inflação dos alimentos, item que, naturalmente, é o que mais pesa no bolso das famílias de baixa renda.

Abaixo, o texto divulgado pelo IBGE

Inflação desacelera e fica 0,21% em junho

Por Caio Belandi, para a Agência IBGE
10/07/2024 09h00 | Atualizado em 10/07/2024 09h00

A inflação do país foi de 0,21% em junho, desacelerando em relação ao mês de maio, quando foi de 0,46%. No ano, a alta de preços acumulada é de 2,48% e, nos últimos 12 meses, de 4,23%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado hoje (10) pelo IBGE.

O grupo de produtos e serviços que teve o principal impacto foi Alimentação e bebidas, que apresentou alta de 0,44%, menor que em maio (0,62%), e contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.

Na Alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). Entre as quedas que contribuíram para esse resultado, destacam-se a cenoura (-9,47%), a cebola (-7,49%) e as frutas (-2,62%). “Entre as frutas, chama a atenção o mamão, que por conta de uma oferta maior e a concorrência com outras frutas da época, teve uma queda no preço. Também a banana prata é destaque, com maior oferta, e ainda, uma perda de qualidade por conta da intensa variação de temperatura em algumas regiões produtoras”, explica André Almeida, gerente da pesquisa. A queda na cebola, complementa o pesquisador, “também se deve à maior oferta, principalmente por conta de melhores produções no Nordeste, onde houve redução de volume de chuvas e temperaturas amenas”.

Entre as altas, destaque para a batata inglesa (14,49%), o leite longa vida (7,43%) e arroz (2,25%). “No caso do leite, o clima adverso na Região Sul e a entressafra contribui para uma menor oferta, por conta da queda na produção. Já a batata também teve oferta mais restrita, mas relacionada ao final da safra das águas e início da safra das secas, que ainda não chegou a um patamar elevado”, avalia Almeida. O café moído, com alta de 3,03%, também se destacou em junho. Em valorização no mercado internacional e com redução na oferta mundial do grão, o subitem tem alta acumulada de 12,15% em 2024.

No caso da Alimentação fora do domicílio, a variação foi de 0,37%, menos intensa do que em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.

Grupo com maior variação, Saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54%, influenciado pelos perfumes, que subiram 1,69%, e também pela alta dos planos de saúde, de 0,37%. “Neste caso, decorre do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Assim, no IPCA de junho, foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho”, explica o gerente da pesquisa.

Outra alta relevante no IPCA de junho foi no grupo Habitação, cujos preços subiram 0,25%. A alta da taxa de água e esgoto (1,13%) acontece após reajustes tarifários de 9,85% em Brasília (9,19%), a partir de 1º de junho; de 6,94% em São Paulo (2,05%), a partir de 10 de maio; e de 2,95% em Curitiba (1,61%), a partir de 17 de maio. Já no subitem gás encanado, que caiu 0,49%, o resultado do Rio de Janeiro (-1,61%) vem por conta da redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho. A energia elétrica residencial, com alta de 0,30%, foi impactada pelo reajuste tarifário de 6,76% aplicado em Belo Horizonte (5,98%), a partir de 28 de maio.

Os únicos grupos que apresentaram queda foram Comunicação, de 0,08%, e Transportes, com recuo de 0,19% nos preços após subir 0,44% em maio. No caso deste último, impactado pela redução na passagem aérea, de 9,88% e -0,06 p.p. de contribuição no índice geral. Os combustíveis tiveram alta de 0,54%, com o óleo diesel (-0,64%) e o gás veicular (-0,61%) apresentando recuo e a gasolina (0,64%) e o etanol (0,34%) com alta.

Em junho, inflação sobe mais em Goiânia e cai mais em Porto Alegre

Em termos regionais, 13 locais tiveram variação positiva em junho, sendo a maior alta em Goiânia, com crescimento de 0,50%, influenciada pelos resultados do etanol (5,19%) e da gasolina (2,86%). Por outro lado, entre as três áreas com taxa negativa, a menor variação foi em Porto Alegre, cujos preços recuaram 0,14%, por conta das quedas na passagem aérea (-9,62%) e no gás de botijão (-5,02%).

INPC também desacelera e tem alta de 0,25% em junho

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de 0,25% em junho, também desacelerando em relação a maio, quando a alta foi de 0,46%. Os preços dos produtos alimentícios tiveram crescimento de 0,44%, menor do que no mês anterior (0,64%). Os não alimentícios também desaceleraram, ficando em 0,19% em junho, abaixo dos 0,40% no mês anterior.

O INPC acumula no ano alta de 2,68%. Já nos últimos 12 meses, o acumulado é de 3,70%, acima dos 3,34% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de -0,10%.

Em termos regionais, Belo Horizonte e Brasília apresentaram a maior variação (0,58%). A primeira por conta da alta da energia elétrica residencial (5,98%). Já a segunda, influenciada pelo crescimento em taxa de água e esgoto (9,20%). A menor variação do INPC foi em Porto Alegre (-0,16%), por conta do gás de botijão (-5,02%).

Mais sobre as pesquisas

O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários mínimos, enquanto o INPC, as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju. Acesse os dados no Sidra. O próximo resultado do IPCA, referente a julho, será divulgado em 09 de agosto.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Carlos

10/07/2024 - 14h06

A inflação real é bem maior que a “oficial”.

Galinzé

10/07/2024 - 12h31

O que ja era caro com a inflaçào atual ficou carissimo.


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