A candidatura de Pablo Marçal para prefeito de São Paulo está em risco devido a uma crise interna no PRTB, seu partido, que enfrenta disputas judiciais pelo comando desde 2021 após a morte do fundador Levy Fidelix. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recentemente suspendeu uma assembleia que buscava destituir a atual executiva nacional do partido, evidenciando a contínua luta pelo controle.
A ausência de representação do PRTB no Congresso também é problemática para Marçal. Sem deputados federais eleitos em 2022, o partido não tem tempo de TV garantido, e Marçal depende de coligações para participar dos debates televisivos. Além disso, o fundo eleitoral do partido é limitado a apenas R$ 3,4 milhões.
Desde a morte de Levy Fidelix, a liderança do partido foi contestada, com Júlio Cezar Fidelix da Cruz assumindo a presidência, enfrentando oposição de outros membros, incluindo a viúva de Levy, Aldineia Fidelix. O TSE interveio temporariamente em dezembro de 2023, resultando em uma nova eleição em fevereiro de 2024, vencida por Avalanche.
A crise interna do PRTB inclui acusações de falsificação de assinaturas e fraudes eleitorais. Em junho, uma assembleia para destituir a executiva foi cancelada pelo TSE, mantendo Avalanche no comando. A disputa gerou mais conflitos, com denúncias de ameaças e boletins de ocorrência, envolvendo figuras como o marqueteiro Michel Winter e Tarcísio Escobar, que se apresentava como presidente do partido.
Em junho, o diretório paulista do PRTB ficou inativo, mas foi reativado, com Avalanche acumulando as presidências nacional e estadual e Marçal como primeiro vice-presidente. A situação da legenda foi regularizada perante a Justiça Eleitoral, registrando os diretórios nacional, estadual e municipal de São Paulo.