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O lavajatismo tenta voltar

O lavajatismo é bizarro. Ele é essencialmente um movimento de extrema direita, ou melhor, uma cultura de extrema direita brasileira, ou seja, anti-nacional e contra o desenvolvimento. Diferente da extrema direita americana e europeia, que é racista, misógina, antidemocrática, mas que ao menos se pretende nacionalista, a nossa não. A nossa é contra a empresa […]

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O lavajatismo é bizarro. Ele é essencialmente um movimento de extrema direita, ou melhor, uma cultura de extrema direita brasileira, ou seja, anti-nacional e contra o desenvolvimento. Diferente da extrema direita americana e europeia, que é racista, misógina, antidemocrática, mas que ao menos se pretende nacionalista, a nossa não. A nossa é contra a empresa nacional. Eles idolatram, por exemplo, empreendedores estrangeiros, como Elon Musk, o multimilionário americano e sul-africano. Ele pode ser um grande empresário, mas os irmãos Batista, que são brasileiros e os maiores produtores de carne do mundo, não podem participar de nada relacionado ao desenvolvimento nacional. Eles são odiados porque a Lava Jato, um dia, disse que eles eram corruptos. Então, eles precisam ser destruídos, não importa se o grupo deles gera centenas de milhares de empregos e deseja investir no Brasil.

A nova onda agora é criar mais uma série de escândalos relacionados à construção de usinas termoelétricas, algo absolutamente necessário para o país. Isso é vital para a segurança energética nacional. Esses investimentos aumentarão a oferta de energia no Brasil, permitindo que a conta de luz seja reduzida. Quando a oferta aumenta, a tendência é baixar o preço ou pelo menos evitar novos aumentos.

As matérias sobre o tema estão recheadas de opiniões dos jornalistas, já julgando qualquer iniciativa como errada. Os encontros dos irmãos Batista com o Ministério de Minas e Energia são tratados como secretos, sendo que são encontros públicos, na frente de todo mundo, à luz do dia. É triste ver pessoas que um dia foram nacionalistas, como Ciro Gomes, agora se tornarem golpistas asquerosos. Eles querem surfar nesse lavajatismo, tratando os irmãos Batista como bandidos e não como os empresários mais importantes do país, donos da maior empresa produtora de proteínas do mundo.

Agora, só esperamos que o TCU se mantenha firme. Quando ele dá um aval positivo para a construção das usinas e aplica uma multa que permite a empresa continuar a obra, ele é visto como um “super balcão”, não é mais sério, é corrupto. O TCU só é respeitado quando paralisa ou aplica multas paralisantes. Assim, não é possível desenvolver o Brasil se a imprensa brasileira considera que qualquer obra pública deve ser interrompida pelo TCU.

Esperamos que o TCU se mantenha firme e que o Ministério Público não entre mais uma vez na onda desses setores corruptos e irresponsáveis da mídia. Sim, porque considero esses setores sem nenhuma responsabilidade com o desenvolvimento nacional. Uma imprensa assim, tão organicamente anti-nacionalista, não existe em lugar nenhum do mundo. As matérias que estão saindo não mostram nenhuma irregularidade ou mesmo indício de irregularidade. A emissão de uma medida provisória é normal. Os encontros do ministério são normais. Tudo faz parte do processo. Qualquer iniciativa dessas precisa ter etapas similares, faz parte do processo. Então, são processos absolutamente normais. É a política normal. É impressionante a tentativa de criminalizar a política.

As usinas termoelétricas podem ser relativamente limpas, pois temos sobra de gás natural. O Brasil está desperdiçando gás natural, que é pouco poluente e pode ser usado nessas usinas para gerar energia elétrica. A importância estratégica de construir usinas termoelétricas é clara. O país está crescendo, e para continuar crescendo sem inflação, é preciso que a oferta de energia seja ampliada. É a única maneira do Brasil se desenvolver de maneira equilibrada, com justiça social e distribuição de renda. Apenas com energia barata o Brasil pode se reindustrializar e se modernizar.

E quando o governo fala que está liberando uma quantia de alguns bilhões de reais para a construção das usinas, o valor é tratado como uma doação e não como um financiamento que vai ser pago normalmente. Ou seja, o governo vai financiar, mas vai receber o dinheiro de volta, e o país vai receber novas usinas de geração de energia elétrica. É impressionante a falta de bom senso dessas matérias e a tentativa de envenenar a opinião pública.

Diante dessa nova onda lavajatista, esperemos que a Procuradoria-Geral da República se mantenha responsável e não faça como na Lava Jato, numa cumplicidade que produziu uma verdadeira hecatombe econômica no país, e atrasou o desenvolvimento nacional em mais de 10 anos.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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