Milei quebra protocolo em visita ao Brasil e chama Bolsonaro de ‘perseguido’

Foto: © REUTERS/Agustin Marcarian

Na sua primeira visita ao Brasil desde a eleição, o presidente argentino de extrema-direita, Javier Milei, contrariou o protocolo dos chefes de Estado ao evitar um encontro com o presidente Lula (PT). Em vez disso, Milei reuniu-se com Jair Bolsonaro (PL), seu aliado político que está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) por envolvimento em um esquema de desvio de joias sauditas, e chamou Bolsonaro de “perseguido judicial”.

Milei chegou a Balneário Camboriú, em Santa Catarina, no sábado, onde foi recebido pelo ex-presidente Bolsonaro e pelos governadores bolsonaristas Jorginho Mello (PL-SC) e Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).

No domingo, Milei participou da 5ª edição da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), um congresso conservador. Em seu discurso, ele evitou mencionar diretamente o presidente Lula, mas criticou os governos de esquerda na América Latina.

Subindo ao palco por volta das 17h, Milei foi aclamado com aplausos e gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”. Ele agradeceu a recepção calorosa de Bolsonaro e disse sentir-se “em casa e sempre bem entre amigos”.

“Vejam o que aconteceu na Venezuela e na Bolívia em 2019, quando Evo Morales insistiu em um terceiro mandato inconstitucional. Vejam a perseguição judicial que nosso amigo Jair Bolsonaro está sofrendo aqui no Brasil e o que está acontecendo na Bolívia agora; estão dispostos a montar um falso golpe de Estado”, afirmou Milei.

Redação:
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