O Brasil ganhará um complexo laboratorial avançado, o Projeto Orion, que será o mais sofisticado da América Latina e um dos mais importantes do mundo para pesquisas em patógenos como vírus, bactérias e parasitas que causam doenças. Nesta quinta-feira (4), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Campinas, no interior de São Paulo, para participar do lançamento da pedra fundamental deste projeto inovador.
O evento foi realizado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que também abriga o Projeto Sirius, um acelerador de partículas de 68 mil metros quadrados, considerado a maior infraestrutura de pesquisa já construída no Brasil. A estrutura do Sirius será integrada ao Orion, uma inovação na pesquisa científica de patógenos, pois o acelerador de partículas pode revelar detalhes de estruturas atômicas.
“Quero deixar para meus netos e bisnetos um mundo infinitamente melhor, mais humanista, mais saudável e mais democrático do que aquele que recebi dos meus pais. Acho que isso deve prevalecer em nossas mentes: que tipo de mundo queremos? É isso que me enche de orgulho ao participar do lançamento da pedra fundamental deste extraordinário centro de pesquisa e laboratório, único no mundo”, declarou o presidente.
A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, destacou que o complexo de laboratórios do Projeto Orion posicionará o Brasil como líder na pesquisa científica global. “O Orion permitirá que nosso país monitore, isole e pesquise agentes biológicos para desenvolver métodos de diagnósticos, vacinas e tratamentos para doenças”, explicou.
Com instalações de alta tecnologia e máxima biossegurança, classificadas como NB4 e inéditas na América Latina, o Projeto Orion possibilitará experimentos únicos em áreas como vigilância sanitária, identificação de patógenos de alto risco, pesquisa de vacinas, métodos de diagnóstico, tratamento de doenças e estratégias epidemiológicas.
O Orion faz parte do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e é financiado com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, com apoio do Ministério da Saúde. Até junho de 2024, foram repassados R$ 240 milhões ao projeto, e está previsto um investimento adicional de R$ 760 milhões até 2026, totalizando mais de R$ 1 bilhão.
“Todos os países precisam se preparar para novas pandemias, e o Orion é parte essencial do PAC para preparação diante de novas emergências em saúde”, observou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que também esteve presente no evento.
Com informações da Agência Brasil.
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