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Balança comercial explode no 1º semestre e deve bater recorde histórico em 2024

A balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 6,711 bilhões em junho, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Este resultado positivo vem acompanhado de uma revisão para cima nas expectativas de saldo para o ano de 2024, agora projetado em US$ 79,2 bilhões, um aumento em relação à […]

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A balança comercial do Brasil registrou um superávit de US$ 6,711 bilhões em junho, conforme divulgado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Este resultado positivo vem acompanhado de uma revisão para cima nas expectativas de saldo para o ano de 2024, agora projetado em US$ 79,2 bilhões, um aumento em relação à previsão anterior de US$ 73,5 bilhões.

Apesar da melhora nas expectativas, o saldo projetado para 2024 ainda é 19,9% inferior ao superávit de US$ 98,9 bilhões alcançado em 2023.

Segundo Herlon Brandão, diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do MDIC, “Seria um saldo comercial menor que o de 2023, mas o segundo maior saldo da história.”

No detalhamento dos números, as exportações para 2024 são estimadas em US$ 345,4 bilhões, com as importações previstas em US$ 266,2 bilhões.

No acumulado do primeiro semestre, o saldo comercial foi de US$ 42,310 bilhões, 5,2% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, composto por exportações de US$ 167,609 bilhões e importações de US$ 125,299 bilhões.

Brandão também destacou que os desastres naturais, como as enchentes no Rio Grande do Sul em maio, não impactaram significativamente a balança comercial, pois a maior parte da safra já havia sido colhida. As exportações agrícolas foram principalmente afetadas pela queda nos preços internacionais da soja.

Em junho, o desempenho da balança comercial superou as expectativas do mercado, que previa um superávit de US$ 5,8 bilhões.

No entanto, esse resultado foi 33,4% menor comparado ao superávit de US$ 10,1 bilhões de junho de 2023. As exportações no mês recuaram 1,9%, totalizando US$ 29,044 bilhões, enquanto as importações aumentaram 14,4%, alcançando US$ 22,333 bilhões.

Notavelmente, as importações de automóveis de passageiros saltaram 432% no mês, atingindo quase US$ 2 bilhões. Esse aumento pode ser atribuído à antecipação de estoques antes do aumento das tarifas de importação, efetivado em julho.

“Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos… E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores”, explicou Brandão.

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