Nesta quinta-feira, a Polícia Federal iniciou a segunda fase da Operação Venire, investigando uma associação criminosa suspeita de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.
Os alvos desta etapa são agentes públicos ligados ao município de Duque de Caxias/RJ, acusados de facilitar a inserção de informações fraudulentas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).
A ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da Procuradoria-Geral da República, visa também identificar novos envolvidos no esquema fraudulento.
Segundo as investigações, os registros falsos beneficiaram diversas pessoas, incluindo figuras públicas como Jair Bolsonaro, sua filha, assessores e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ).
Os ex-gestores do município de Duque de Caxias, Washington Reis e Célia Serrano, estão entre os principais alvos da operação. ]
A fraude consistia na criação de registros de vacinação inexistentes, que conferiam a documentação oficial de imunização sem que as doses tivessem sido efetivamente aplicadas.
A investigação destaca que o esquema utilizou o sistema de saúde local para simular a aplicação das vacinas, proporcionando benefícios indevidos aos envolvidos.
A Polícia Federal segue apurando a extensão completa do esquema e buscando identificar outros possíveis beneficiários da fraude.
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