Donald Trump está ponderando a possibilidade de negociar um acordo com a Rússia para evitar a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia e Geórgia, caso seja reeleito presidente dos EUA, conforme reportagem do Politico, citando fontes anônimas.
O site Politico relata que Trump, o presumível candidato republicano nas eleições de novembro contra Joe Biden, ainda não formou uma equipe de segurança nacional ou publicou uma nova agenda para a OTAN.
No entanto, segundo especialistas em segurança nacional próximos ao ex-presidente, ele está considerando um plano que inclui a possibilidade de a OTAN se comprometer a não expandir para leste, especificamente na Ucrânia e na Geórgia, em troca de negociações com o presidente russo Vladimir Putin sobre o território ucraniano.
“Como parte de um plano para a Ucrânia, o candidato presuntivo do Partido Republicano está ponderando um acordo pelo qual a OTAN se compromete a não expandir para o leste, especificamente na Ucrânia e na Geórgia, e negociar com o presidente russo Vladimir Putin sobre quanto território ucraniano Moscou pode manter”, afirmou o artigo do Politico, citando suas fontes.
Uma fonte anônima, descrita como familiarizada com as ideias de Trump, indicou que ele estaria “aberto a algo que impedisse a expansão da OTAN e não voltasse para as fronteiras da Ucrânia em 1991”, mas que outras opções, incluindo o fornecimento de armas à Ucrânia, não foram excluídas.
Embora seja improvável que Trump retire imediatamente os EUA da OTAN, ele possivelmente reformulará o bloco para que os membros europeus assumam mais responsabilidade, destacou o Politico, citando fontes da revista que expressaram preocupação sobre a capacidade dos países europeus de atenderem às novas expectativas de defesa.
Os países europeus da aliança que não investirem pelo menos 2% do seu PIB em forças armadas poderão não contar com o mesmo nível de suporte de defesa e segurança dos EUA, de acordo com uma fonte anônima alinhada a Trump.
“Os EUA não têm forças militares suficientes para todos”, disse Elbridge Colby, vice-secretário adjunto de estratégia de Trump ao Politico. “Não podemos nos concentrar exclusivamente na Europa contra os russos quando sabemos que os chineses e os russos estão colaborando, e os chineses representam uma ameaça mais significativa e perigosa”.
A posição de Trump reflete um possível redirecionamento na política externa americana em relação à OTAN e às relações com a Rússia, à medida que a campanha eleitoral se intensifica.
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