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Lula volta a detonar proposta de Haddad em cortar aposentadoria e BPC

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista concedida à rádio Princesa da Bahia nesta segunda-feira, voltou a declarar que o governo não irá desvincular benefícios do salário mínimo. Ele ressaltou que tal medida seria inadequada “do ponto de vista política, econômico e humanitário”. Vale lembrar que essa proposta foi apresentada a Lula pelo […]

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista concedida à rádio Princesa da Bahia nesta segunda-feira, voltou a declarar que o governo não irá desvincular benefícios do salário mínimo.

Ele ressaltou que tal medida seria inadequada “do ponto de vista política, econômico e humanitário”. Vale lembrar que essa proposta foi apresentada a Lula pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na semana passada.

Lula enfatizou a importância de manter o poder de compra do salário mínimo, conforme determinado por lei, para assegurar o básico ao trabalhador.

Durante a entrevista, Lula também comentou sobre a necessidade de um ajuste responsável, sem comprometer a renda mínima dos trabalhadores.

“O mínimo é aquilo que está estabelecido por lei (…) para que a gente garanta ao trabalhador aquilo que é necessário para comer (…) Primeiro temos a obrigação de recolocar a inflação. Depois nós decidimos que quando a economia cresce, é preciso que o resultado desse crescimento seja distribuído com o povo”, afirmou o presidente.

LEIA: Haddad desiste de cortar aposentadoria e BPC após ser retaliado por Lula

Além disso, Lula mencionou que o governo planeja realizar um “pente-fino” nos cadastros de benefícios sociais para cortar gastos, excluindo aqueles que recebem indevidamente.

Esta medida poderá economizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, essencial para atingir a meta fiscal de 2025 de resultado zero.

Em outra parte da entrevista, o presidente criticou a gestão atual do Banco Central, liderada por Roberto Campos Neto, especialmente a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 10,5% ao ano, que Lula considera “exagerada”.

“Quem quer o banco central autônomo é o mercado. Eu tive um Banco Central independente, o Meirelles ficou 8 anos no Banco Central no meu governo, sem que o presidente se metesse”, lembrou Lula.

“O que você não pode é ter um Banco Central que não está combinando com o que é o desejo da população. Não precisamos ter política de juros alto nesse momento. A taxa selic de 10,5% está exagerada. A inflação está controlada”, criticou o presidente.

Estas declarações ocorrem em um momento em que Lula tem intensificado suas viagens e entrevistas pelo Brasil, visitando estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Piauí, e com planos de ir a Pernambuco e Goiás ainda nesta semana.

Assista a entrevista completa!

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