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Polícia de Goiás ignorou a crueldade do filho de Olavo de Carvalho

Antes de Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho, ser acusado por quatro mulheres de estupro e tortura, a Polícia Civil de Goiás recusou-se a iniciar uma investigação sobre as alegações feitas pela família de uma estudante de Ipameri. Eles afirmaram que a jovem havia sido mantida em cárcere privado por dois meses por […]

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Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução

Antes de Tales de Carvalho, filho de Olavo de Carvalho, ser acusado por quatro mulheres de estupro e tortura, a Polícia Civil de Goiás recusou-se a iniciar uma investigação sobre as alegações feitas pela família de uma estudante de Ipameri. Eles afirmaram que a jovem havia sido mantida em cárcere privado por dois meses por Tales. De acordo com o Metrópoles, os parentes da vítima procuraram três delegacias diferentes, todas se recusando a iniciar qualquer investigação.

Tales, junto com seu irmão Luiz Gonzaga de Carvalho, lidera o Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS), descrito por várias mulheres como uma seita. O ICLS, fundado há dez anos pelo filho do escritor de extrema-direita, é acusado de angariar dinheiro de alunos e “benfeitores” e, no caso de Tales, de usar a organização para se aproximar de mulheres com intenções matrimoniais.

Relatos de duas ex-mulheres de Tales, Calinka e outra mulher que preferiu não se identificar, detalham os abusos sofridos. A Polícia Civil de Goiás foi informada do desaparecimento da jovem de Ipameri quando seus pais procuraram as autoridades. Eles relataram que a filha deixou sua casa e estudos sem avisar ninguém. Inicialmente, não sabiam seu paradeiro.

Os pais descobriram o casamento da filha apenas depois, durante a busca pelo paradeiro dela. Ela desapareceu numa terça-feira e, no sábado, informou aos pais que estava casada com Tales e havia se convertido ao islamismo, fé que Tales diz seguir. “Eu pedia que ele me desse o telefone, o endereço, mas ele dizia ‘não, não vou passar'”, contou o pai da jovem ao jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles.

Um dos delegados procurados pela família afirmou que não tinha pessoal suficiente para abrir um inquérito e investigar o paradeiro da filha. Ele também argumentou que a jovem estava bem e estava com Tales de livre e espontânea vontade. Esse posicionamento foi repetido nas outras delegacias.

Alexandre Lourenço, ex-delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, responsável por encontrar a jovem, mencionou que a instituição mostrou relutância em cooperar. Segundo ele, a principal justificativa da Polícia Civil foi que a jovem já era maior de idade, então não havia crime de aliciamento de menor. No entanto, ela começou a se relacionar com Tales aos 17 anos e, apenas aos 18, deixou sua família e estudos para encontrá-lo e se casar com ele.

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