Influenciador é acusado na web de fazer apologia ao nazismo; entenda o “apito de cachorro”

Foto: Reprodução

Recentemente, Ronaldo Souza, conhecido como Gato Galactico, enfrentou críticas e acusações de simpatia ao neonazismo após expressar desaprovação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte pessoal de maconha. Em suas declarações, sugeriu ironicamente que também poderíamos descriminalizar o consumo de leite cru, argumentando que não faz sentido ser ilegal.

Esse tipo de comunicação, conhecida como “apito de cachorro” na internet, envolve a transmissão de mensagens sutis destinadas a grupos específicos. Apesar de um gesto isolado poder ser interpretado como uma infeliz coincidência, Gato Galactico acumula outros comportamentos que podem ser vistos como apologia ao nazismo.

Recentemente, em uma de suas aparições, ele escolheu usar uma camisa social verde, semelhante ao uniforme dos integralistas, um movimento fascista brasileiro dos anos 1930. Além disso, segurava uma caneca de leite, um gesto associado a simbolismos que exaltam a pureza e a supremacia racial branca.

Um perfil no antigo Twitter, usando o nome de Kevin McCallister, resgatou outras ocasiões em que Ronaldo Souza foi acusado de comportamentos apologéticos.

Entre os fascistas, é comum defender a ideia de soberania branca, frequentemente articulada pela necessidade de aumentar a população branca para manter uma maioria demográfica. Em uma ocasião, ao anunciar a gravidez de sua esposa, Gato Galactico mencionou planos de ter até 10 filhos. Em resposta, um seguidor o elogiou como um “salvador da raça”, recebendo uma continência em retorno.

Além disso, há registros fotográficos de Gato Galactico fazendo gestos como o “ok”, que foi ressignificado por grupos confederados nos Estados Unidos como um símbolo de “Poder Branco”, utilizando três dedos para formar um ‘W’ de White e o resto da mão para o ‘P’ de Power, resultando na expressão “White Power”.

Ronaldo também já participou de eventos organizados pelo Brasil Paralelo, onde se encontrou com figuras como Jordan Peterson, conhecido por suas ideias de extrema-direita e associações controversas.

Além disso, ele segue e curte publicações de perfis que usam termos como “untermensch”, um termo alemão nazista para descrever pessoas consideradas “sub-humanas”. Em outra ocasião, uma ex-namorada divulgou uma conversa na qual ele fez comentários racistas sobre Santa Catarina, seu estado de residência na época.

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