Ex-CEO das Americanas enviou dinheiro para paraísos fiscais

Foto: Reprodução

Uma investigação da Polícia Federal (PF) revelou que Miguel Gutierrez, ex-CEO das Americanas, tentou proteger seu patrimônio antes de a fraude ser descoberta. Entre suas estratégias estavam a transferência de imóveis e valores para familiares e o envio de dinheiro para paraísos fiscais. Gutierrez teve sua prisão preventiva decretada pela Justiça na Operação Disclosure, deflagrada na quinta-feira (27). Ele possui cidadania espanhola e está fora do país.

“O IPAD também revela a preocupação de Miguel Gutierrez em proteger seu patrimônio após deixar o cargo de diretor-presidente das Americanas, sabendo que o escândalo iria explodir”, diz o inquérito policial que fundamentou o pedido de prisão preventiva pelo juiz Márcio Muniz da Silva Carvalho, da 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.

A PF encontrou evidências no IPAD e em e-mails da conta institucional de Gutierrez que indicam a criação de “um esquema societário engenhoso, com diversas remessas de valores para offshores sediadas em paraísos fiscais”.

As investigações também mostram que Gutierrez “implementou seu ‘Plano’ ao transferir todos os imóveis em seu nome para empresas ligadas aos seus familiares”. A polícia relata que um imóvel permaneceu no nome do executivo, instituído como bem de família. Além disso, ele enviava valores para empresas ligadas a ele e a seus familiares no exterior.

Tanto Gutierrez quanto a ex-diretora da empresa, Anna Christina Ramos Saicali, foram incluídos na lista de Difusão Vermelha da Interpol pelo Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal.

Defesa de Gutierrez
A defesa de Miguel Gutierrez afirma “não ter tido acesso aos autos das medidas cautelares deferidas nesta quinta-feira (27) e, por isso, não tem o que comentar”. “Miguel reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”.

Com informações do Metrópoles.

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