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Americanas: executivos manipulavam mercado para sustentar esquemas

Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) revelou que a alta cúpula da Americanas utilizava um mecanismo de retroalimentação para falsificar os balanços financeiros da empresa. Os executivos forneciam estimativas de ganhos inflacionadas ao mercado financeiro e, em seguida, ajustavam os dados contábeis para corresponder às expectativas criadas. A ex-superintendente da Controladoria da Americanas, Flávia […]

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Foto: Agência Brasil

Uma investigação do Ministério Público Federal (MPF) revelou que a alta cúpula da Americanas utilizava um mecanismo de retroalimentação para falsificar os balanços financeiros da empresa. Os executivos forneciam estimativas de ganhos inflacionadas ao mercado financeiro e, em seguida, ajustavam os dados contábeis para corresponder às expectativas criadas.

A ex-superintendente da Controladoria da Americanas, Flávia Carneiro, delatou a existência de um arquivo chamado “verdes e vermelhos”, que comparava os números do balanço com as expectativas do mercado. Esses dados eram utilizados pela diretoria para maquiar os resultados financeiros da empresa.

Fabien Picavet, diretor de Relações com Investidores, era responsável por sondar as expectativas do mercado e ajustar os dados internos da empresa para que os balanços atendam a essas expectativas. Em conversas interceptadas, Picavet e Carneiro discutem sobre como construir a melhor narrativa para o mercado e inflar artificialmente o preço das ações da Americanas.

Os procuradores do MPF consideram evidente que os diretores manipulavam as perspectivas do mercado para fabricar os resultados da empresa. As cifras eram muitas vezes decididas arbitrariamente, sem parâmetros mínimos, para apresentar resultados fictícios.

Além disso, a investigação revelou que o orçamento original da empresa era chamado de “versão zero” e cada atualização com as alterações fraudulentas era nomeada sequencialmente até a versão final enviada ao mercado. Picavet, em diálogos com Carneiro, pressionava para que fossem fornecidas prévias dos resultados adulterados para alinhar as expectativas do mercado.

A operação Disclosure da Polícia Federal, baseada nas delações de Flávia Carneiro e Marcelo Nunes, realizou buscas e apreensões em diversos alvos, incluindo Fabien Picavet. Mandados de prisão contra o ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-diretora Anna Ramos Secali foram expedidos, mas ambos estão foragidos.

Por meio de nota, os advogados de Gutierrez afirmaram que ele nunca participou ou teve conhecimento de fraudes e que está colaborando com as autoridades.

Com informações do Blog da Malu Gaspar.

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