Quatro mulheres acusam Tales de Carvalho, filho do filósofo Olavo de Carvalho, de estupro e tortura física e psicológica. Entre as acusadoras estão Calinka Padilha de Moura, ex-esposa de Tales, e suas duas filhas, Julia Moura de Carvalho e Ana Clara Moura de Carvalho.
Segundo informações do jornalista Guilherme Amado, do Metrópoles, as vítimas relatam episódios de crueldade que ocorreram ao longo de mais de duas décadas. Elas também mencionam a criação de uma seita em torno do Instituto Cultural Lux et Sapientia (ICLS).
Tales foi destaque na mídia quando a família de uma estudante de Goiás conseguiu uma decisão judicial para trazê-la de volta de Curitiba, onde estava morando com ele. A jovem foi encontrada no Paraguai, na casa de Luiz de Carvalho, irmão de Tales, e foi levada de volta para Goiás para declarar ao juiz se sua ida foi voluntária.
Ligação com Instituto Cultural Lux et Sapientia
As ex-esposas de Tales afirmam que seu irmão Luiz Gonzaga de Carvalho, conhecido como Gugu, é o “guru” do ICLS. O instituto oferece cursos sobre religião, astrologia e matrimônio, além de leituras de autores clássicos. Elas alegam que Tales utiliza o ICLS para captar dinheiro de “benfeitores” e para encontrar esposas, chegando a ter quatro mulheres ao mesmo tempo.
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Calinka relata que, após quatro anos de casamento, Tales quis se casar com uma segunda esposa, uma menina de 12 anos, enteada da mãe de Tales. Ele teria estipulado um contrato para consumar o casamento aos 16 anos, mas, segundo Calinka, isso ocorreu quando a menina tinha 15 anos. Em um e-mail de 2003, Tales pede compreensão à esposa por desejar uma segunda mulher, mencionando visões de um “destino glorioso”.
As agressões teriam começado após Calinka voltar a viver com Tales em 2007. Ela relata torturas constantes, como chicotadas com fio de telefone e ameaças de mutilação, justificadas por ele como práticas de “purificação” segundo o Islã, embora líderes religiosos neguem qualquer base no islamismo para tais atos. A outra esposa também teria sido vítima dessas torturas.
Calinka afirma que Tales as obrigava a assistir a vídeos de estupros de crianças e depois as estuprava. As filhas Julia e Ana Clara também encontraram vídeos de pornografia infantil no computador do pai. Calinka relata que as torturas só cessaram quando ela engravidou da terceira filha, considerando a gravidez um sinal de que Deus as havia “perdoado”.
Em abril de 2021, Calinka fugiu da casa de Tales com as filhas. Julia e Ana Clara confirmam o histórico de violência, lembrando que o pai batia na mãe e na outra esposa, e que tentaram reatar o casamento sob ameaça. Atualmente, a filha mais nova vive com Tales, conforme um acordo judicial que encerrou duas queixas-crime movidas por ele contra Calinka.
Além de Calinka, Tales teve outros casamentos, incluindo um com uma marroquina e outros com duas brasileiras, todas alunas do ICLS.
Em resposta às acusações, Tales nega as alegações, afirmando que foram usadas para tentar privá-lo da guarda da filha menor. O advogado de Tales afirma que as acusações não foram consideradas pela Justiça.
Sergio Furtado Cabreira
27/06/2024 - 11h13
Não escapa um, sequer! quê coisa, héin!
É bolsomínion, então tá com o rabo preso!
Negócio é manter distância dessa gente!