Lula descarta proposta de Haddad de cortar valor da aposentadoria e do BPC

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Durante uma entrevista ao portal UOL na quarta-feira, Lula declarou que o governo está avaliando os gastos da União e considerando estratégias para melhorar a arrecadação.

Na mesma fala, o presidente descartou a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de desvincular a aposentadoria e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) do valor do salário mínimo.

“Não considero isso um gasto”, afirmou Lula.

Vale destacar que a proposta de Haddad era de fazer um corte nas pensões previdenciárias e do BPC — benefício de um salário mínimo a deficientes e idosos a partir de 65 anos —, sendo somente corrigido com a inflação e o aumento do PIB, o que na pratica congelaria o valor do benefício social.

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Em declarações anteriores, na rádio Mirante News FM de São Luís, o presidente afirmou que Campos Neto é “um adversário político, ideológico e do modelo de governança” adotado por seu governo.

“O presidente do Banco Central é um adversário político, ideológico e adversário do modelo de governança que nós fazemos. Ele foi indicado pelo governo anterior e faz questão de dar demonstração de que não está preocupado com a nossa governança, ele está preocupado é com o que ele se comprometeu”, declarou.

A relação tensa foi evidenciada na última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que optou por manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano, contrariando a preferência do governo por taxas mais baixas para estimular a economia.

Esta decisão ocorreu apesar de Lula ter indicado novos diretores para o BC, que também votaram pela manutenção da taxa.

Lula sinalizou que mudanças na liderança do Banco Central podem ser necessárias para alinhar as políticas monetárias às diretrizes econômicas do governo atual, mencionando que “o momento de trocar está chegando” e expressando confiança na capacidade do Brasil de superar o “nervosismo especulativo” sem comprometer a seriedade da economia nacional.

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