Sonda chinesa retorna do lado oculto da Lua

Uma tela grande mostra imagens da sonda lunar Chang'e-6 da China coletando uma amostra do outro lado da Lua, em Pequim, China, em 4 de junho de 2024 [Tingshu Wang/Reuters]

China continua sendo o único país a pousar uma sonda no lado da Lua que está sempre voltado para longe da Terra.

Uma sonda espacial chinesa retornou à Terra trazendo amostras do lado oculto da Lua. A sonda lunar Chang’e-6 pousou na região norte da China, na Mongólia Interior, na terça-feira. O bem-sucedido término da missão, que durou quase dois meses, é um impulso para a China, que é o primeiro país a trazer amostras do hemisfério da Lua que está sempre voltado para longe da Terra.

Uma transmissão ao vivo da emissora estatal CCTV mostrou o módulo aterrissando com a ajuda de um paraquedas.

A Administração Espacial Nacional da China (CNSA) descreveu a missão como “um sucesso completo” e informou que a sonda está funcionando normalmente.

No início deste mês, a China pousou uma espaçonave não tripulada na bacia do Polo Sul-Aitken, uma cratera gigante no lado oculto da Lua, onde viagens e comunicações são desafiadoras.

A China se tornou o único país a pousar no lado oculto em 2019. A missão atual foi a primeira a coletar material.

A espaçonave usou um braço robótico e uma broca para coletar 2 kg de amostras ao longo de vários dias. A sonda também tirou fotos da superfície e plantou uma bandeira chinesa.

Após decolar da superfície lunar usando seu próprio lançador, a espaçonave foi guiada por um satélite de retransmissão em seu caminho de volta, pousando na China às 14h06 no horário de Pequim (06h06 GMT), carregada com solo e rochas lunares.
Espera-se que as amostras forneçam aos cientistas da China e de todo o mundo novas insights sobre a formação do sistema solar e as diferenças entre o lado oculto da Lua e seu lado mais familiar voltado para a Terra.

A missão bem-sucedida, que segue a missão Chang’e-5 que trouxe amostras do lado próximo da Lua em 2020, é mais um impulso para as ambições da China de expandir suas credenciais espaciais.

A potência emergente tem investido vastos recursos em seu programa de exploração espacial em um esforço para alcançar os Estados Unidos e a Rússia. Pequim quer enviar astronautas à Lua por volta de 2030.

Washington, que depende fortemente de foguetes do setor privado, incluindo os da SpaceX de Elon Musk, planeja colocar astronautas na Lua pela primeira vez em mais de meio século nos próximos anos.

FONTE: AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

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