O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, intensificou sua crítica à República Popular da China, acusando-a de autoritarismo e defendendo um aumento nas capacidades militares de Taiwan, em meio a tensões crescentes com Pequim.
Durante uma coletiva de imprensa em Taipei, Lai afirmou: “Quero sublinhar: democracia não é um crime; é a autocracia que é o verdadeiro mal”, segundo informações da Reuters.
Lai também ressaltou que a China “absolutamente não tem direito de sancionar cidadãos de Taiwan apenas pelas opiniões que elas têm” e criticou as tentativas de Pequim de “perseguir os direitos do povo de Taiwan além das fronteiras”.
Este posicionamento ocorre em um contexto de aumento da pressão militar chinesa na região. O Ministério da Defesa de Taiwan relatou a detecção de 15 aeronaves e 6 navios militares chineses próximos à ilha nas últimas 24 horas.
Taiwan, que se governa de forma independente desde 1949, é considerado por Pequim como uma província da China. A China se opõe firmemente a qualquer forma de contato oficial entre Taiwan e estados estrangeiros, considerando a soberania sobre a ilha como indiscutível.
Recentemente, a porta-voz da Embaixada da China nos EUA, Liu Pengyu, instou Washington a cessar a venda de armas e o contato militar com Taiwan.
Além disso, após o presidente dos EUA, Joe Biden, não descartar o apoio militar americano a Taiwan em caso de um conflito, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, pediu a Washington que pare de enviar “sinais errôneos” para as forças separatistas taiwanesas.
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