Carluxo, mentor do gabinete do ódio, deve ser indiciado pela PF

Foto: REUTERS/Adriano Machado

Finalmente! Um dos mentores intelectuais de toda uma era de fake news no Brasil, o coordenador chefe da campanha de Bolsonaro em 2018 e 2022, sobretudo nas redes sociais, vai ser investigado a sério e indiciado pela Polícia Federal. Hoje realmente é um grande dia.

A Polícia Federal acredita ter elementos suficientes para indiciar Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, por espionagem ilegal, em um episódio conhecido como abin paralela. Carlos é suspeito de participar de um esquema de arapongagem contra adversários políticos do então presidente.

Em janeiro, ele foi alvo de mandados de busca e apreensão. Para os investigadores, este caso está diretamente ligado às investigações sobre outra estrutura informal para disseminar fake news contra rivais do ex-presidente, conhecida como gabinete do ódio.

Os investigadores da PF pretendem concluir esse inquérito até agosto, talvez até antes, no final de julho.

Segundo fontes, além de considerarem o caso quase encerrado, a ideia é evitar a contaminação das eleições de outubro.

Isso porque o candidato à prefeitura do Rio, apoiado por Bolsonaro, o deputado Alexandre Ramagem, também deverá ser indiciado. Ramagem era diretor-geral da BIN na época e tem Carlos Bolsonaro como um dos coordenadores de sua campanha.

A PF ainda avalia o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, pois as investigações indicam que ele tinha total conhecimento do esquema.

A investigação da PF aponta, portanto, para um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência durante o governo Bolsonaro, com o objetivo de monitorar adversários políticos e outras autoridades.

Procuradas, as defesas e assessorias de Carlos Bolsonaro, Alexandre Ramagem e Jair Bolsonaro ainda não se manifestaram.

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