Forças israelenses matam 24 palestinos em três ataques enquanto Hamas culpa administração Biden por guerra de ‘extermínio’.
Um ataque aéreo israelense matou 10 membros da família do chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, no campo de refugiados de Shati, no norte de Gaza, de acordo com o grupo palestino e a agência de defesa civil do enclave.
Confirmando o ataque à família Haniyeh e o número de mortos, o Hamas disse na terça-feira que responsabiliza a administração do presidente dos EUA, Joe Biden, pela continuação da guerra de “extermínio” contra o povo palestino na Faixa de Gaza. O grupo afirmou que os Estados Unidos continuam a dar a Israel “cobertura política e militar e tempo para realizar a tarefa de destruição e extermínio na Faixa”.
Mahmud Basal, porta-voz da agência de defesa civil, disse à agência de notícias AFP que o ataque na manhã de terça-feira teve como alvo a casa da família Haniyeh em Shati.
“Há 10 mártires… como resultado do ataque, incluindo Zahr Haniyeh, irmã do chefe do bureau político do Hamas, Ismail Haniyeh,” disse Basal, acrescentando que vários corpos provavelmente ainda estão sob os escombros, mas “não temos o equipamento necessário” para extraí-los.
Equipes de defesa civil transferiram os corpos para o Hospital al-Ahli, na cidade de Gaza, nas proximidades, informou Basal, relatando também “vários feridos” no ataque.
Em um comunicado, o Hamas apelou “à comunidade internacional e às Nações Unidas que assumam suas responsabilidades diante desses crimes horríveis em andamento, que tomem medidas urgentes para proteger civis inocentes e que responsabilizem os líderes terroristas da ocupação por seus crimes”.
O exército israelense disse que dois edifícios foram alvejados durante a noite em Shati e Daraj Tuffah, alegando que combatentes envolvidos no ataque de 7 de outubro a Israel, que precedeu o conflito atual, estavam escondidos dentro. Seu comunicado publicado nas redes sociais não mencionou o ataque à casa da família Haniyeh.
A equipe da Al Jazeera no local informou que os mortos da família Haniyeh incluíam Zahr Abdel Salam Haniyeh, Nahed Haniyeh Abu Ghazi, Iman Haniyeh Umm Ghazi, Ismail Nahed Haniyeh, Muhammad Nahed Haniyeh, Moamen Nahed Haniyeh, Zahra Nahed Haniyeh, Amal Nahed Haniyeh, Shahad Nahed Haniyeh e Sumaya Nahed Haniyeh.
Em abril, um ataque aéreo israelense no centro de Gaza matou três filhos e quatro netos de Haniyeh, com o exército acusando-os de “atividades terroristas”.
Na época, Haniyeh disse que cerca de 60 membros de sua família foram mortos desde que a guerra de Israel em Gaza começou em 7 de outubro do ano passado. A guerra já matou mais de 37.600 pessoas no território.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra continuará mesmo que um acordo de cessar-fogo seja firmado com o Hamas.
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