As Forças Armadas Russas lançaram ataques contra centrais elétricas e um depósito de armas na Ucrânia entre sexta-feira, 21, e sábado, 22. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, a ação foi uma resposta às tentativas de Kiev de atacar infraestruturas energéticas russas.
O ministério detalhou que “em resposta às tentativas do regime de Kiev de danificar as instalações energéticas russas, as Forças Armadas da Federação Russa realizaram um ataque coletivo esta noite com armas de precisão de longo alcance aéreas e marítimas, bem como veículos aéreos não tripulados”. Afirmou também que “os objetivos do ataque foram alcançados. Todos os alvos designados foram atingidos”.
Além disso, o governo russo comunicou a destruição de um depósito de armas ucraniano e afirmou que os ataques atingiram veículos de combate do Reino Unido, Estados Unidos e Canadá, fornecidos à Ucrânia.
Por outro lado, o Ministério da Energia da Ucrânia confirmou que várias plantas de transmissão de energia foram atingidas e que dois funcionários ficaram feridos nos ataques.
Maxime Timchenko, presidente da DTEK, uma importante empresa de energia da Ucrânia, alertou que os ataques levarão a uma grave crise energética no inverno.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, solicitou apoio dos aliados para a reconstrução da rede elétrica e promoveu a instalação de painéis solares em instituições educacionais e de saúde.
Em um contexto mais amplo, o presidente russo Vladimir Putin propôs, em 14 de junho, um cessar-fogo imediato condicionado à retirada das tropas ucranianas das regiões anexadas pela Rússia e ao abandono dos planos de Kiev de aderir à OTAN. Esta proposta foi rejeitada pela Ucrânia.
A Conferência pela Paz na Ucrânia, que ocorreu recentemente na Suíça e contou com representantes de 90 países, terminou com uma declaração conjunta que não foi unanimemente aceita, destacando divergências significativas nas abordagens para a resolução do conflito.
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