Homem que destruiu relógio histórico em 8/1 é sentenciado a 17 anos

O relógio de pêndulo do século XVII, um presente da Corte Francesa para Dom João VI, é uma peça rara, com um exemplar similar exposto no Palácio de Versailles. O valor do relógio não foi divulgado. / Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (21) pela condenação de Antônio Cláudio Alves Ferreira a 17 anos de prisão por sua participação nos ataques ao Palácio do Planalto em 8 de janeiro de 2023.

Ferreira foi responsável por danificar o histórico relógio de Balthazar Martinot, trazido ao Brasil por Dom João VI em 1808 e considerado um símbolo dos atos golpistas.

Ferreira foi acusado de vários crimes, incluindo associação criminosa armada, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, e dano qualificado com emprego de violência e ameaça. Moraes afirmou que há provas substanciais contra Ferreira, incluindo testemunhos, vídeos, fotos e outras evidências.

Durante seu interrogatório, Ferreira confessou ter danificado um vidro para entrar no Palácio e, em seguida, destruído o relógio e rasgado uma poltrona em resposta à reação das forças de segurança. Ele também jogou um extintor nas câmeras de segurança.

A defesa de Ferreira pediu sua absolvição ao STF. No entanto, o julgamento virtual continuou com os ministros registrando seus votos eletronicamente.

O relatório da Polícia Federal revelou que manifestantes ocuparam o terceiro andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do presidente, por volta das 15h30 do dia 8 de janeiro de 2023. Ferreira, vestido com uma blusa de Jair Bolsonaro, foi flagrado quebrando o relógio. Outros manifestantes tentaram recolocar o relógio, mas ele foi novamente destruído por outra pessoa.

O relógio de pêndulo do século XVII, um presente da Corte Francesa para Dom João VI, é uma peça rara, com um exemplar similar exposto no Palácio de Versailles. O valor do relógio não foi divulgado.

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