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Desemprego cai para 6,8%, menor nível em 10 anos

Na série livre de sazonalidade, a taxa de desocupação de 6,9%, apurada em abril, é a mais baixa desde setembro de 2014 O mercado de trabalho no brasileiro tem mostrado um desempenho positivo, com a aceleração no crescimento da população ocupada. Esse aumento, especialmente evidente em março e abril, contribuiu para a redução da taxa […]

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Divulgação

Na série livre de sazonalidade, a taxa de desocupação de 6,9%, apurada em abril, é a mais baixa desde setembro de 2014

O mercado de trabalho no brasileiro tem mostrado um desempenho positivo, com a aceleração no crescimento da população ocupada. Esse aumento, especialmente evidente em março e abril, contribuiu para a redução da taxa de desemprego. A nota “Desempenho Recente do Mercado de Trabalho”, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) nesta sexta-feira (21), aponta que a taxa de desocupação alcançou 6,8%, em abril, marcando uma queda de 1,2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2023. Os dados foram calculados pelo Instituto a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os autores, o recuo da desocupação nos últimos meses é decorrente de uma aceleração ainda mais forte no ritmo de criação de empregos no país. Após registar uma taxa de crescimento interanual da ordem de 2,0% no trimestre móvel, encerrado em janeiro, a população ocupada registrou taxa de expansão de 2,8% no trimestre móvel finalizado em abril. Desta forma, após a mensalização do último trimestre, observa-se que em abril o contingente ajustado sazonalmente de trabalhadores na economia atingiu 102,1 milhões, o maior valor já estimado pelo IBGE.

A desagregação dos dados da população ocupada também revela que a maioria dos novos empregos gerados está ocorrendo no mercado formal. Segundo a PNAD Contínua, nos últimos 12 meses, o número de trabalhadores com algum tipo de registro aumentou 4,4%, enquanto o crescimento de trabalhadores informais foi de apenas 1,0%.

Além disso, o IBGE mostra que no primeiro trimestre de 2024, o emprego cresceu em todos os grupos etários, destacando-se o aumento de 6,2% entre os trabalhadores com mais de 60 anos. Já a desagregação por grau de instrução mostra que a população ocupada vem se tornando mais escolarizada, tendo em vista que enquanto o grupo de trabalhadores com ensino fundamental incompleto recuou 2,8%, no primeiro trimestre do ano, na comparação interanual, o segmento composto por trabalhadores com ensino superior registra alta de 5,6%.

De acordo com os dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, o emprego formal também teve um desempenho. Nos quatro primeiros meses de 2024, o setor privado criou 958,4 mil novas vagas com carteira assinada, um aumento de 33,4% em relação ao mesmo período de 2023 (718,4 mil). Nos últimos 12 meses, o saldo de empregos registrado pelo Novo Caged superou 1,7 milhão, contribuindo para um aumento de 3,8% no estoque de trabalhadores formais, que atingiu 46,5 milhões em abril de 2024.

A queda no desalento, a redução do desemprego de longo prazo e o aumento dos rendimentos reais completam o cenário positivo do mercado de trabalho brasileiro. Em abril de 2024, o percentual de desalentados no país era de 2,9%, abaixo, portanto, do registrado há um ano (3,2%). Quanto ao desemprego de longo prazo, a pesquisa indica que no primeiro trimestre de 2024, 22,2% dos desocupados estavam nessa condição há mais de 2 anos, uma queda de 1,5 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior. Por fim, os dados mostram que em abril os rendimentos médios reais habituais e efetivos alcançaram R$ 3.222,00 e R$ 3.372,00, respectivamente, representando aumentos de 6,8% e 7,0% na comparação interanual.

Acesse a íntegra do estudo

Publicado originalmente pelo Ipea em 21/06/2024 – 10h38

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Zulu

21/06/2024 - 21h35

É fruto da desoneração da folha de pagamento.


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