A Confederação Nacional da Indústria (CNI) emitiu um comunicado criticando a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de manter a taxa Selic em 10,5% ao ano, qualificando a medida como excessivamente conservadora. Segundo a CNI, essa decisão interrompe o ciclo de cortes iniciados em agosto de 2023 e poderá restringir a atividade econômica, impactando negativamente emprego e renda.
Ricardo Alban, presidente da CNI, expressou que a continuação do ciclo de redução da Selic seria mais apropriada, ajudando a diminuir o custo financeiro para empresas e consumidores sem comprometer o controle da inflação.
A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) também se posicionou contra a manutenção da Selic, argumentando que o nível atual dos juros limita a expansão dos investimentos e prejudica a recuperação de setores vitais da economia. Segundo a Firjan, a indústria foi o único entre os três principais setores do PIB a registrar desempenho negativo no último trimestre.
Por outro lado, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul reconheceu que, apesar das condições adversas para as empresas locais justificarem uma redução da Selic, o atual desajuste econômico poderia tornar essa medida contraproducente para a indústria.