O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e sete outros candidatos às eleições de julho assinaram na quinta-feira um acordo para respeitar os resultados, embora a principal oposição do país tenha se abstido, dizendo que o governo já havia violado um acordo existente.
O acordo de nove pontos foi apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a mais alta autoridade eleitoral da Venezuela, que os críticos dizem ser uma extensão do partido no poder.
O principal candidato da oposição, Edmundo Gonzalez, absteve-se de assinar, assim como Enrique Márquez.
Num comunicado divulgado na quinta-feira, Gonzalez disse que a oposição cumpriu as condições prévias para as eleições estabelecidas num acordo assinado entre o governo e a oposição em Barbados no ano passado.
“Este acordo foi violado por uma das partes, que rescindiu um convite a observadores internacionais da União Europeia e aumentou a perseguição aos líderes e apoiantes da nossa campanha”, disse Gonzalez no comunicado.
O presidente da CNE, Elvis Amoroso, disse que Gonzalez “não respondeu ao apelo da pátria” depois de o ter chamado para assinar, enquanto a estação de televisão oficial transmitia uma cadeira vazia.
Gonzalez, um antigo diplomata de 74 anos que lidera as sondagens, disse aos jornalistas na quinta-feira que não recebeu qualquer convocação da CNE.
Em 28 de Maio, Amoroso retirou um convite aos observadores da UE para monitorizarem as eleições, dizendo que o bloco comercial tinha primeiro de retirar as sanções contra autoridades do país sul-americano.
Depois de assinar o documento, Maduro disse que o ato mostrava que “não queremos violência (…) acreditamos na autoridade eleitoral”.
“Apelo a todos os venezuelanos que respeitem este documento e apoiem o Conselho Nacional Eleitoral, que a sua palavra seja sagrada”, disse Maduro.
Via Reuters.