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Governo Tarcísio entra na era dos trens e separa quase R$ 200 bi para expandir malha no estado

Segundo notícia publicada pelo site Diário do Transporte, antigas ferrovias de São Paulo, que há tempos estão abandonadas, devem ser aproveitadas no pacote chamado pelo governo estadual de “SP Nos Trilhos”, que soma investimentos estimados em R$ 194 bilhões e mais de 1 mil km de malha férrea, contemplados em 40 projetos. A rede deve […]

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Segundo notícia publicada pelo site Diário do Transporte, antigas ferrovias de São Paulo, que há tempos estão abandonadas, devem ser aproveitadas no pacote chamado pelo governo estadual de “SP Nos Trilhos”, que soma investimentos estimados em R$ 194 bilhões e mais de 1 mil km de malha férrea, contemplados em 40 projetos.

A rede deve contar com TICs (Trens Intercidades), trens metropolitanos, metrô, monotrilhos e VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos). Nesta sexta-feira, 14 de junho de 2024, o secretário de Parcerias em Investimentos do Governo de São Paulo, Rafael Benini, citou trajetos de antigas redes ferroviárias, como Mogiana, Noroeste, Ituana, Araraquense e Sorocabana para os planos de expansão da rede de transportes de passageiros.

De acordo com o secretário, um dos desafios será a troca de bitola, a largura nos trilhos. Isso porque essas antigas redes tinham a largura de um metro entre as rodas dos trens e a rede atual da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que será o padrão dessas novas concessões, é de 1,6 metro, tecnicamente chamada de bitola larga.

Segundo Benini, um dos exemplos é o TIC (Trem Intercidades) entre a capital paulista e Sorocaba, no interior, que deve ter o edital de concessão lançado em 2025. O trajeto vai aproveitar trechos das antigas ferrovias Sorocabana e Noroeste.

Veja um resumo das propostas, de acordo com o secretário:

  • Ferrovia Sorocabana: partes do traçado devem ser aproveitadas pelo TIC entre a capital paulista e Sorocaba, no interior. Também possibilitaria conexão de Bauru para Presidente Prudente e Presidente Venceslau.
  • Ferrovia Noroeste: pode ter o traçado usado para prolongar a ligação de passageiros entre Sorocaba e Bauru, no interior de São Paulo.
  • Ferrovia Ituana (Ytuana): pode ter trecho aproveitado para ligar Sorocaba a Campinas, no interior de São Paulo.
  • Ferrovia Mogiana: para prolongar o trecho de Campinas a Ribeirão Preto.
  • Ferrovia Arararaquarense: aproveitar trecho para a ligação de Campinas para Araraquara.

Parte das ferrovias que estão inoperantes ou subaproveitadas no Estado de São Paulo é de responsabilidade da União, ou seja, o Governo Federal detém a chamada faixa de domínio. Para que sejam aproveitadas, serão necessários acertos com o Governo Federal.

Como mostrado pelo Diário do Transporte, em 03 de junho de 2024, foi publicado o decreto instituindo o programa SP Nos Trilhos. Em uma das partes deste decreto, o governador Tarcísio de Freitas autoriza a Secretaria de Parcerias em Investimentos a apoiar prefeituras por onde passavam essas ferrovias nas negociações com o Governo Federal para que os trechos locais sejam delegados aos projetos de trilhos para trens regionais ou mesmo para a mobilidade urbana.

Rafael Benini afirmou ao Diário do Transporte que uma das ideias principais é recuperar a rede de trilhos já existente, o que aceleraria os projetos e diminuiria os custos.

“Primeira conversa com o governador ele ainda era ministro, foi sobre ferrovia. Então acho que é um assunto que fez a nossa ligação e um assunto que nós dois somos apaixonados a respeito. Hoje você tem aí quase dois mil quilômetros de ferrovias não utilizadas dentro do estado de São Paulo. E por que isso? Porque a maioria delas são de bitola métrica, a largura entre os trilhos é de um metro. Hoje as grandes concessões de ferrovias do Brasil preferem usar o que chamamos de bitola larga, que a diferença é de um metro e sessenta. Então qual é a nossa ideia, é recuperar esses trilhos para transporte de passageiro. No caso de Campinas vamos construir o trilho novo, dentro da faixa de domínio, mas no caso, por exemplo, do TIC Sorocaba, que queremos soltar o edital ano que vem, vamos utilizar os trilhos da antiga Sorocabana e da antiga Noroeste. Então temos a possibilidade de usar esses trilhos, lógico que a bitola da CPTM também é um metro e sessenta, então vamos rebitolar de um metro para um metro e sessenta, mas para fazer essa ligação e aproveitar o máximo possível dos trilhos existentes. E quando fazemos isso para Sorocaba, por que não podemos continuar até Bauru? Usar o trilho da antiga Ituana para ligar Sorocaba – Campinas, e daí pegar da Mogiana e ir até Ribeirão Preto, da Araraquense para chegar de Campinas para Araraquara, da Sorocabana para chegar aí de Bauru para Presidente Prudente, Presidente Venceslau. A ideia é justamente aproveitar que já temos uma malha ferroviária já construída, e aproveitar essa malha ferroviária para construir um transporte de passageiros que atenda a população. Acho que esse é o ponto principal. Mas fora isso, temos uma questão importante de outros projetos. O decreto do governador foi muito focado nessa possibilidade de construção disso, mas todos nossos projetos de expansão de metrô e trens estão dentro desse programa do SP Nos Trilhos.”

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