A Polícia Federal (PF) está próxima de indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus aliados em relação a duas investigações separadas: uma envolvendo a venda ilegal de joias sauditas e outra a falsificação de certificados de vacina contra a Covid-19. A expectativa é que os indiciamentos sejam formalizados ainda em junho, segundo Igor Gadelha, do Metrópoles.
No caso das joias, Bolsonaro teria recebido como presente oficial do governo da Arábia Saudita, durante seu mandato, joias valiosas que, por lei, deveriam ter sido incorporadas ao patrimônio público brasileiro. Entretanto, a investigação aponta que estas foram vendidas indevidamente.
A Polícia Federal planeja indiciar Bolsonaro e dois advogados próximos a ele, que teriam participado diretamente na transação. As identidades desses advogados não foram divulgadas.
O segundo caso envolve alegações de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19. Há denúncias de que Bolsonaro e aliados teriam falsificado seus certificados para driblar restrições de viagem impostas pelo próprio governo e por outros países durante a pandemia.
Apesar dos indiciamentos eminente, a PF não planeja pedir prisões preventivas imediatas, optando por aguardar o trânsito em julgado dos processos. Os inquéritos serão encaminhados à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá sobre a apresentação de denúncias formais contra os indiciados.