O governo de Luiz Inácio Lula da Silva está analisando a viabilidade de se posicionar contra um projeto de lei antiaborto que tem tramitação avançada na Câmara dos Deputados.
A aprovação do projeto é vista como provável e o governo teme que uma oposição resulte em uma perda de imagem pública e afete o apoio a pautas econômicas prioritárias, conforme reportado pela Folha.
Recentemente, o governo enfrentou derrotas em diversas votações no Congresso, incluindo a sessão que analisou vetos presidenciais. Ainda, o impacto do chamado “fator Janja“, relacionado à primeira-dama, é considerado nas discussões, dado o seu posicionamento em temas femininos.
A próxima reunião de articulação política, marcada para segunda-feira, após o retorno de Lula de uma viagem à Europa, deve definir a estratégia do governo.
A bancada evangélica, influente no Congresso, rejeita a proposta do governo de criar uma comissão especial para discutir o PL.
Na Câmara, um requerimento de urgência para um projeto que aumenta a pena para abortos após 22 semanas de gestação foi aprovado em votação-relâmpago.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, indicou que o texto pode sofrer ajustes, mas manterá a legislação atual sobre os casos de aborto já previstos em lei.
A questão também se estende à PEC das Drogas, que avançou na Câmara e busca criminalizar o porte e posse de drogas. O governo optou por não orientar sua bancada nessa votação, concentrando esforços na possibilidade de judicialização do tema.
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