O presidente Vladimir Putin ratificou o acordo de comércio livre entre a União Econômica da Eurásia (EAEU) e o Irã em 12 de junho.
Esse acordo visa reduzir ou eliminar barreiras comerciais entre os membros da EAEU — Rússia, Armênia, Bielorrússia, Cazaquistão e Quirguistão — e a República Islâmica do Irã, para fortalecer a cooperação econômica e depender menos do comércio dos outros países que compõem o resto da Europa.
A EAEU, que foi estabelecida há quase 30 anos, possui um produto interno bruto nominal de US$ 2,6 trilhões. A ratificação ocorre após uma visita recente de uma delegação de empresários russos à Câmara de Comércio, Indústrias, Minas e Agricultura do Irã (ICCIMA) em Teerã.
Durante a visita, o Diretor da ICCIMA, Niloufar Assadi, identificou questões alfandegárias, de transporte e de transferência de dinheiro como “obstáculos” ao comércio entre os dois países. Assadi mencionou que, apesar desses desafios, um comércio bilateral de 40 bilhões de dólares ainda é alcançável.
O acordo definitivo, assinado em São Petersburgo em 25 de dezembro, substitui um pacto temporário de 2019 e elimina tarifas aduaneiras sobre quase 90% das mercadorias, criando um regime preferencial para a maior parte do comércio entre Rússia e Irã.
Sob a administração do falecido presidente iraniano Ebrahim Raisi, Irã e Rússia ampliaram substancialmente suas relações comerciais e de defesa. Essas nações, em conjunto com a China, também intensificaram a cooperação para mitigar o impacto das sanções ocidentais unilaterais.
Além disso, os crescentes laços entre Irã e Rússia facilitaram a entrada do Irã na Organização de Cooperação de Xangai (SCO) e no bloco BRICS de economias emergentes.
Com informações do The Cradle