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Republicanos propõem união com Extrema Direita na França

Na terça-feira, o líder do partido conservador Republicanos, Éric Ciotti, defendeu uma aliança com o partido de extrema direita Rassemblement National (RN) para as próximas eleições parlamentares antecipadas na França. Ciotti declarou em uma entrevista à TF1: “Falamos as mesmas coisas, então vamos parar de inventar oposições imaginárias”. Ele indicou que essa é uma demanda […]

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REUTERS

Na terça-feira, o líder do partido conservador Republicanos, Éric Ciotti, defendeu uma aliança com o partido de extrema direita Rassemblement National (RN) para as próximas eleições parlamentares antecipadas na França.

Ciotti declarou em uma entrevista à TF1: “Falamos as mesmas coisas, então vamos parar de inventar oposições imaginárias”. Ele indicou que essa é uma demanda da maioria dos eleitores do seu partido, que pedem um acordo entre as partes.

O RN, liderado por Marine Le Pen e conhecido por suas políticas anti-imigração e eurocéticas, poderia se tornar a maior força no parlamento após as eleições marcadas para 30 de junho e 7 de julho, anunciadas inesperadamente pelo presidente Emmanuel Macron.

Embora não se espere que o RN conquiste a maioria absoluta sozinho, a busca por aliados se faz necessária para garantir o controle do parlamento.

A perspectiva de uma aliança entre Republicanos e RN provocou divisões dentro do partido conservador, com alguns membros, como o deputado Philippe Gosselin, anunciando sua saída do partido em resposta aos comentários de Ciotti. Outros veteranos do partido também rejeitaram a ideia de qualquer acordo com a extrema direita.

A posição de Ciotti também reflete uma mudança significativa no consenso político francês, que por décadas buscou isolar a extrema direita do poder. A declaração do líder do grupo LR na câmara baixa, Olivier Marleix, no X, ressalta que a opinião de Ciotti é pessoal e que ele deveria deixar a liderança do partido.

Este movimento vem em um momento de grande turbulência política na França, com todos os partidos buscando alianças após o fraco desempenho do partido Renaissance de Macron nas eleições para o Parlamento Europeu. A instabilidade gerada pode representar desafios adicionais para a situação fiscal já delicada da França, conforme alerta da agência de classificação Moody’s.

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