A Polícia Federal anunciou o encerramento das investigações relacionadas ao atentado a faca contra Jair Bolsonaro em 2018, afirmando que Adélio Bispo agiu sozinho.
A conclusão vem após uma série de investigações que, em várias ocasiões, descartaram a existência de mandantes ou cúmplices no ataque ocorrido durante a campanha eleitoral em Juiz de Fora (MG).
Uma operação recente em Minas Gerais focou em um dos advogados de Adélio, suspeito de conexões com o crime organizado, mas sem envolvimento no atentado.
Durante a operação, foram executados mandados de busca e apreensão, e documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos para análise.
A PF também bloqueou R$ 200 milhões em uma investigação paralela sobre lavagem de dinheiro.
O Diretor-Geral da PF, Andrei Rodrigues, em coletiva de imprensa, enfatizou que, apesar das ligações do advogado com o crime organizado, não há evidências que o conectem à tentativa de homicídio de Bolsonaro.
Rodrigues afirmou:
“Operação de hoje põe fim em definitivo o caso Adélio Bispo. Comprovamos o vínculo desse advogado com o crime organizado, mas [não há] nenhuma vinculação deste advogado com a tentativa de homicídio ao então candidato.”
Além disso, a corporação já havia apresentado o relatório final ao Ministério Público Federal, recomendando o arquivamento do inquérito sobre a facada. A decisão final sobre o arquivamento caberá à Justiça.
Este é o terceiro parecer da PF que reitera a ação isolada de Adélio no atentado, apesar das controvérsias e pressões políticas ao longo dos anos, incluindo disputas durante o governo Bolsonaro sobre o empenho da PF no caso.
Em 2019, Adélio foi declarado inimputável devido a um transtorno mental e foi submetido a uma medida de segurança, inicialmente em Campo Grande e recentemente transferido para Minas Gerais.
Com informações do UOL