Nesta segunda-feira, 10, Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país, fez comentários sobre o avanço da extrema direita no parlamento europeu, destacando as derrotas do presidente francês, Emmanuel Macron, e do chanceler alemão, Olaf Scholz.
Em uma publicação no antigo Twitter, Medvedev sugeriu que Macron e Scholz estão enfrentando as consequências por terem apoiado a Ucrânia na guerra contra a Rússia, ignorando, segundo ele, os interesses de seus próprios países.
As eleições para o Parlamento Europeu, realizadas no domingo, 9, resultaram em uma séria derrota para os líderes da França e da Alemanha, levantando questões sobre a direção política futura da Europa.
O avanço da extrema direita nas votações levou Macron a convocar uma eleição nacional antecipada, enquanto Scholz enfrenta uma noite dolorosa, com seu partido social-democrata sofrendo nas mãos dos conservadores tradicionais e da Alternativa para a Alemanha (AfD).
Enquanto isso, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, viu sua posição fortalecida, com seu grupo arquiconservador Irmãos da Itália ganhando a maioria dos votos, de acordo com pesquisas de boca de urna.
O Partido Popular Europeu (PPE) será a maior família política na nova legislatura, ganhando cinco assentos e totalizando 189 deputados, segundo as pesquisas.
Os resultados das eleições foram interpretados como um reflexo das preocupações crescentes com o custo de vida, a migração e os desafios da transição verde, além das tensões geopolíticas, como a guerra na Ucrânia.
Observadores políticos destacam que os partidos pró-europeus de centro-direita, centro-esquerda, liberais e verdes manterão uma maioria, mas reduzida em comparação com legislaturas anteriores.
Apesar do avanço da extrema direita, Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia, busca consolidar sua liderança e advertiu sobre os perigos dos extremos políticos.
Ela enfatizou a importância de construir uma frente unida contra as tendências extremistas, enquanto continua buscando apoio para seu segundo mandato no comando do bloco.
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