De janeiro a maio, a balança comercial brasileira fechou com um superávit de US$ 35,9 bilhões, um recorde para o período. Este resultado foi fortemente influenciado pelo setor extrativo, especialmente a exportação de petróleo.
Em maio, o superávit foi de US$ 8,534 bilhões, uma redução de 22,3% em comparação ao mesmo mês de 2023. As exportações alcançaram US$ 30,338 bilhões, representando uma queda de 7,1%, enquanto as importações tiveram um leve aumento de 0,5%, somando US$ 21,804 bilhões.
Os dados acumulados de janeiro a maio mostram um crescimento de 2,3% nas exportações e de 1,8% nas importações em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando US$ 138,8 bilhões e US$ 102,9 bilhões, respectivamente.
Os volumes exportados e importados apresentaram crescimento de 7,4% e 11,5%, enquanto os preços caíram 4,5% e 9,2%. Estas estatísticas foram divulgadas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento.
Apesar de uma safra menos robusta do que no ano anterior, a soja ainda lidera as exportações, com um total de US$ 21,8 bilhões de janeiro a maio, embora com uma redução na sua participação total nas exportações, de 19,6% em 2023 para 15,7% no atual período.
O setor de minério de ferro e petróleo teve um desempenho destacado, com o petróleo bruto e o minério de ferro representando 14,9% e 9,3% das exportações, respectivamente. Juntos, eles compõem 24,2% das exportações de janeiro a maio, um aumento em relação aos 19,9% do ano anterior.
Os dados da Secex indicam uma queda de 11% nos preços e de 6,3% no volume de minério de ferro exportado em maio, resultando em uma redução de 16,6% na receita de exportação em relação a maio de 2023.
No setor de importações, observou-se um aumento nos bens de capital e bens de consumo, com crescimentos de 13,4% e 23,4%, respectivamente. Destaca-se a importação de veículos, especialmente da China, que totalizou US$ 2,98 bilhões de janeiro a maio, um aumento de 59,4% em comparação ao período anterior.
Este desempenho da balança comercial reflete as dinâmicas econômicas atuais do Brasil e as tendências globais que influenciam as trocas comerciais do país.
Com informações do Valor