O saldo da caderneta de poupança registrou alta pela segunda vez no ano, com depósitos superando saques em R$ 8,2 bilhões em maio, segundo o Banco Central (BC).
Foram aplicados R$ 362,5 bilhões, enquanto os saques somaram R$ 354,3 bilhões. Os rendimentos creditados nas contas de poupança totalizaram R$ 5,2 bilhões, elevando o saldo para R$ 993,3 bilhões.
Em abril de 2024, houve saída líquida de R$ 1,1 bilhão, assim como em janeiro (R$ 20,1 bilhões) e fevereiro (R$ 3,8 bilhões). Em março, o saldo foi positivo, com R$ 1,3 bilhão a mais em depósitos.
O desempenho de maio contrasta com o mesmo mês de 2023, quando os saques superaram os depósitos em R$ 11,7 bilhões.
Em 2023, a caderneta de poupança registrou saída líquida de R$ 87,8 bilhões, menor que os R$ 103,24 bilhões de 2022, período marcado por alta inflação e endividamento.
A alta da Selic, a taxa básica de juros, incentivou investimentos com melhor desempenho. De março de 2021 a agosto de 2022, o BC elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, devido ao aumento dos preços de alimentos, energia e combustíveis. De agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, sendo reduzida posteriormente para 10,5% ao ano, com o controle dos preços.
Em 2021, a retirada líquida da poupança foi de R$ 35,49 bilhões. Em 2020, a captação líquida foi recorde, com R$ 166,31 bilhões, impulsionada pela instabilidade no mercado de títulos públicos e pelo pagamento do auxílio emergencial.