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O plano diabólico de Lira para os planos de saúde

Pelo jeito, Lira não tinha boas intenções ao suspender o cancelamento em massa de planos de saúde, que as empresas planejavam nos últimos tempos, tentando eliminar clientes “incômodos”, ou seja, que custavam caro ao sistema em virtude de seus problemas crônicos de saúde. Agora está claro o acordo que ele costurou com os planos. É […]

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Pelo jeito, Lira não tinha boas intenções ao suspender o cancelamento em massa de planos de saúde, que as empresas planejavam nos últimos tempos, tentando eliminar clientes “incômodos”, ou seja, que custavam caro ao sistema em virtude de seus problemas crônicos de saúde.

Agora está claro o acordo que ele costurou com os planos. É algo bem mais diabólico. Lira quer mudar a lei no país, para reduzir drasticamente os direitos dos usuários desses planos, ampliando o poder discricionário destes sobre futuros cancelamentos.

Nesta semana, foi anunciado que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está negociando um acordo com os planos de saúde para desregulamentar o setor. Embora os planos de saúde tenham cessado os cancelamentos unilaterais contra os clientes, eles apresentaram uma série de demandas para transformar o sistema de saúde suplementar em uma emulação do sistema estadunidense.

Os cancelamentos, antes frequentes, tinham o objetivo de excluir clientes que demandavam mais dos planos, como pessoas com autismo, idosos e pacientes com câncer. “Isso é um absurdo, e está tomando o corpo de uma discriminação sistemática contra pessoas com deficiência e idosas. E se você pensa que por não ter plano, não ser autista ou idosa isso não te afeta, quando os convênios decidem descumprir seus próprios contratos, é o SUS que arca com a crueldade dos planos de saúde. O SUS que o Brasil todo usa”, afirmou a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) nas redes sociais.

Atualmente, os planos de saúde são regulamentados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e são obrigados a oferecer uma série de coberturas, o chamado rol da ANS. A principal batalha deste grupo empresarial é retirar tratamentos obrigatórios dos planos. Anteriormente, ações judiciais contra a HapVida Notredame mostraram que a empresa descumpriu reiteradamente ordens judiciais para fornecer medicamentos a clientes em tratamento contra doenças graves, como o câncer.

Agora, os planos de saúde se alinham com Arthur Lira para desregulamentar a saúde privada, por exemplo, retirando a cobertura de internações. Isso significa que as empresas privadas poderiam oferecer planos mais baratos – em teoria – com cobertura de saúde limitada a exames e consultas. Em caso de internações, a empresa não cobriria os custos. O sistema é parecido com o estadunidense, em que os planos de saúde mais básicos podem não cobrir internações, ambulâncias ou mesmo medicações simples.

Arthur Lira, que tem pressionado Lula, não teria problemas em ver a saúde sendo prejudicada e a medida afetando o Executivo. É, na verdade, mais uma parte de sua pressão frequente contra o Planalto enquanto presidente da Câmara.

O paciente então teria duas opções: pagar um valor abusivo pela sua internação na saúde privada ou recorrer ao sistema público de saúde, sobrecarregando a capacidade dos hospitais brasileiros. Esse tipo de plano mais barato seria uma tentativa de reduzir a quantidade de ações judiciais, assegurando que as operadoras de saúde ficassem protegidas contra processos de seus próprios clientes. O governo conseguiu conter uma alta nos preços dos planos de saúde, o que tem causado desconforto entre as operadoras de saúde suplementar e o governo.

A situação se agrava ainda mais com as mudanças propostas, que afetam diretamente os mais vulneráveis e sobrecarregam o SUS. Com a retirada de cobertura de internações, tratamentos oncológicos e outras necessidades cruciais, o sistema público de saúde enfrentará uma demanda ainda maior, enquanto as seguradoras privadas se livram de suas responsabilidades. Essa estratégia revela a verdadeira intenção por trás das negociações de Lira: fortalecer os lucros das empresas de saúde às custas da população brasileira.

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Comentários

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Vania

08/06/2024 - 21h54

O Arthur Lira é mau e não pensa para o que foi eleito ! É um canalha , mas que está a serviço do Bolsonaro , SIM! Tem gente defendendo o indefensável-inelegível até aqui ! Ah , me poupe ! Isso não é para o povo , isso é pra ganhar dinheiro dos planos e depois que isso acontecer , vão dizer : _ Foi no governo Lula , foi no governo do PT .
Gente bandida do inferno !

Elisangela

08/06/2024 - 15h27

Vejo corretor de plano aqui, falando que o problema são as crianças, sinceramente, vai se informar, as operadoras ganham bilhões por ano, e vc preocupado com crianças que precisam de tratamento? O texto é claro e fala dos absurdos cometidos pela operadora. Acho que vc tá preocupado com seu bolso e não com os clientes.

Ana Margareth

07/06/2024 - 14h19

Mas que texto infeliz desse Marco Antonio Salles. Além de escrever só abobrinha, mostra à doença de falar mal de Bolsonaro em quaisquer assunto. Acorda, meu filho! O assunto é plano de Saude com Lyra prejudicando mais uma vez o povo . Bolsonaro não têm nada a ver com isso. Vá vc se tratar pelo SUS num psiquiatra, pois está maníaco, com.um assunto só e com incapacidade de discernimento.

Laert

07/06/2024 - 13h34

Lira é um abutre,fecha com quem dá mais!

Rafael

07/06/2024 - 11h17

Trabalho como corretor de planos de saúde e posso atestar que os problemas não são o rol de procedimentos da ANS, muito menos os idosos e pessoas com necessidades oncológicas, mas sim os problemas extra rol que são judicializados.
Em nossa prática vemos crianças que pagam 200,00 de plano exigindo terapias fora do plano que custam 6.000,00 mensais. Assim não há sistema que aguente e com isso os planos vão ficando mais caros a cada mês prejudicando inclusive os funcionários do setor que estão sendo demitidos e as vendas que vem caindo também.
Acredito que uma saída melhor seria a união arcar com as despesas extra rol e manter o que está no rol sob a responsabilidade dos planos de saude.

Daniel Rodovalho

07/06/2024 - 09h29

Quando regulamento os plano de saúde no Brasil em 98 a proposta era a que planos de assistência privada iria suplementar o SUS, ou seja através de assistência privada iria direcionar parte do atendimento que possivelmente serie do SUS para rede privada e o contratante pagaria uma contra prestação. O tempo passou e o serviço que era para Suplementar ficou universal e hoje os planos de saúde realizam procedimento extra Rol e alguns que nem o SUS faz por medidas judiciais. Fora o repasse que beneficiários que utilizam o SUS e tem plano. Acredito que agora teria que inverter para casos crônicos, autismo e auto custo o Ministério da Saúde junto ao SUS deveriam entrar com subsídio para custear parte desse tratamento. Em caso a assim o SUS que deverá suplementar o planos. Uma vez que é obrigação do estado oferta saúde.

Antônio

07/06/2024 - 07h18

Esse corrupto Arthur Lira, quer fazer isso, porque usa o dinheiro do povo para pagar planos os de saúde dele e da família.

Getúlio Cesar de Carvalho

06/06/2024 - 20h31

Enquanto tivermos analfabetos políticos,sem discernimento,sendo influenciados pelas redes sociais, vamos continuar elegendo abutres como Lira.

Leo

06/06/2024 - 18h38

Cafezinho, o que a sua ministra da saúde vai fazer? E o seu ministro dos direitos humanos? Continuar lacrando? Vão continuar caladinhos e barbarizar juntos o povo brasileiro? Vocês acham que enganam as pessoas. Enganam meia dúzia que ainda querem continuar sendo enganados……

Marco Antonio do Nascimento Sales

06/06/2024 - 18h32

Este Sr. como bolsonarista que é, entrega e fragiliza a população, buscando sempre seus interesses e lucro! Afinal o bolsonarismo é isso, uma atitude constante contra o bem do povo brasileiro e sempre valorizando o grande capital. O chefe dessa gente, conseguiu promover a morte de mais de 700.000 brasileiros e brasileiras pela COVID-19, fez com que milhões fossem lançados abaixo da linha da pobreza, colocou outros milhões para passar fome e, sempre protegeu as grandes fortunas. O bolsonarismo é a ideologia da personagem de Chico Anísio, conhecida pelo nome de “JUSTO VERÍSSIMO”, cujos bordões eram: “Eu quero que o povo exploda! Eu quero que o povo se lasque! Eu odeio pobre!” É exatamente isso que vemos nos parlamentares bolsonaristas! Se não pararmos essa gente, eles vão por em prática a política de extermínio que eles defendem!

Leeonardo Lira

06/06/2024 - 16h56

Que texto IGNORANTE!! Só pode ter sido escrito por alguém de fora do setor e que não faz IDEIA do que está falando… TRISTE esse teu “jornalismo”.

Sonia

06/06/2024 - 16h49

Lira é um desgraçado, nefasto, o verdadeiro câncer do país.

Marilda

06/06/2024 - 16h41

Direto na jugular da classe.media, q tem a ilusão de q nunca será alcançada.

antonio matheus

06/06/2024 - 15h55

Esses politicos, sempre na contramão. Preocupados com os empresários e não com os usuários do sistema de saúde. Vergonha Nacional.

Joao Santos

06/06/2024 - 10h38

Se não cobrirem internações, ninguém vai querer ter plano de saúde, pois a principal preocupação de quem tem plano é ter essa cobertura, vai haver uma avalanche de cancelamentos de planos, aí sim sentirão no bolso a besteira que fizeram.


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