Uma investigação conduzida pelo New York Times (NYT) expôs que o governo de Israel despendeu ao menos US$ 2 milhões em uma campanha de influência online.
A campanha utilizou centenas de contas falsas de mídia social e três sites de notícias fictícios para promover mensagens pró-Israel.
Segundo o NYT, os esforços visavam influenciar legisladores dos EUA a apoiar financiamentos para ações israelenses em Gaza.
O Ministério de Assuntos da Diáspora de Israel, responsável por conectar judeus ao redor do mundo com Israel, teria encomendado a campanha, conforme quatro autoridades israelenses citadas pelo NYT.
A investigação inicial sobre a campanha foi feita pelo grupo israelense Fake Reporter, que monitora atividades de mídia.
A Stoic, uma empresa israelense de marketing político, foi a gestora da campanha, que utilizou o ChatGPT para gerar postagens.
A operação teve início logo após os eventos de 7 de Outubro, com uma reunião em meados de Outubro buscando recrutar “soldados digitais” das startups de tecnologia de Israel.
O NYT informou que a campanha direcionou-se a mais de uma dúzia de membros do Congresso dos EUA, com foco em democratas e afro-americanos.
Meta, a empresa-mãe do Facebook, e a Open AI, que administra o ChatGPT, confirmaram o envolvimento da Stoic na campanha. Meta identificou e removeu centenas de contas associadas à operação nas plataformas Facebook e Instagram.
A revelação ocorre em um momento delicado, com os EUA mantendo o fornecimento de armas para Israel e a Câmara dos Representantes dos EUA buscando impor sanções ao Tribunal Penal Internacional por sua decisão de emitir mandados de prisão contra líderes israelenses.
O Ministério de Assuntos da Diáspora negou envolvimento com a campanha ou qualquer vínculo com a Stoic.
Com informação do The Cradle
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