Fim da linha? PF consegue provas robustas contra Bolsonaro no caso das joias saúditas

CRISTIANO MARIZ / Agência O Globo

A Polícia Federal incluirá no relatório final do inquérito sobre as joias provas que indicam que Jair Bolsonaro tinha conhecimento da operação ilegal de venda e recompra de joias nos Estados Unidos, conforme informação da colunista Bela Megale, no jornal O Globo.

O material revela que Bolsonaro foi informado da operação e aprovou parte dela. O ex-presidente será indiciado, conforme informou o colunista Lauro Jardim. Além dele, membros do núcleo duro do ex-presidente, incluindo assistentes e advogados, também serão indiciados.

Após a conclusão do inquérito, a Procuradoria-Geral da República avaliará o material e decidirá se apresenta denúncia contra Bolsonaro e os demais acusados.

As últimas diligências foram realizadas em maio nos Estados Unidos, onde investigadores obtiveram imagens inéditas e entrevistas que confirmam detalhes sobre a venda e recompra ilegais das joias do “kit ouro branco“.

O conjunto de joias, recebido por Bolsonaro durante visita oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019, inclui anel, caneta, abotoaduras e um rosário islâmico, todas as peças cravejadas de diamantes.

O Tribunal de Contas da União decidiu que as joias comercializadas pelos assessores de Bolsonaro, com seu aval, pertenciam ao acervo da Presidência e não ao capitão reformado, tornando a operação ilegal. Durante as investigações, assistentes do ex-presidente retornaram aos EUA para recomprar os itens vendidos.

O inquérito sobre o golpe também está em fase final e o relatório será apresentado em julho ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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