Pix já representa quase 40% de todas as transações financeiras do Brasil

Pix é o pagamento instantâneo brasileiro. O meio de pagamento criado pelo Banco Central (BC) em que os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia. É prático, rápido e seguro. Imagem: Agência Brasil

Em 2023, o uso do Pix disparou no Brasil, alcançando um crescimento impressionante de 75% em relação ao ano anterior. Este avanço levou o Pix a representar 39% de todas as transações financeiras do país, destacando-se como um dos principais meios de pagamento adotados pela sociedade.

O Banco Central do Brasil publicou recentemente as Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, compilando dados de 2023. O estudo reúne informações sobre o uso de instrumentos de pagamento, o mercado de cartões e os canais de acesso às transações bancárias.

No ano passado, o número total de transações financeiras individuais, excluindo as realizadas em espécie, chegou a 108,7 bilhões, movimentando um volume financeiro de R$ 99,7 trilhões. Isso representou um crescimento de 31% no número de transações e de 9% no volume financeiro em relação a 2022.

No mercado de cartões, houve crescimento nas modalidades de crédito (12% em relação ao ano anterior), débito (5%) e pré-pago (36%). O uso de telefones celulares como principal canal de transações continuou a crescer, representando 82% da quantidade total transacionada em 2023, enquanto os canais presenciais ainda movimentam 42% do volume financeiro total.

O valor médio por transação variou consideravelmente entre os diferentes instrumentos de pagamento. A TED teve o maior valor médio, R$ 45.625, seguida pela transferência intrabancária com R$ 17.949. O Pix teve um valor médio de R$ 409, enquanto o mercado de cartões registrou um ticket médio de R$ 80.

As transações por aproximação (contactless) também cresceram, com 32,3% das transações de crédito e 38% das de débito realizadas dessa forma no último trimestre de 2023. As tarifas de intercâmbio (TIC) mostraram estabilidade no crédito, mas caíram no débito e no pré-pago devido a novas regulamentações.

Por outro lado, as operações de saque em espécie diminuíram 27% na quantidade de transações e 5% no volume de recursos sacados em comparação com o ano anterior. Quando comparado com 2019, antes da pandemia e da introdução do Pix, a queda foi ainda mais acentuada: 36% na quantidade de saques e 27% no volume de recursos.

A evolução dos métodos de pagamento no Brasil reflete uma mudança significativa na mentalidade da sociedade, que cada vez mais adota tecnologias inovadoras para facilitar suas transações financeiras. Assim como no estudo da memória humana, onde novas descobertas reformulam nosso entendimento sobre o cérebro, as estatísticas de pagamentos nos mostram como o comportamento financeiro está se transformando rapidamente, impulsionado por soluções modernas como o Pix.

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