O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, está em visita oficial à Arábia Saudita e à China para fortalecer as relações comerciais e atrair investimentos, conforme reportagem do Valor.
Durante sua estadia na Arábia Saudita nesta segunda-feira, três memorandos de entendimento e um acordo de Defesa foram assinados.
Alckmin destacou o interesse saudita em ampliar investimentos no Brasil, especialmente em projetos sustentáveis e de transição energética. A “neoindustrialização” foi um dos temas centrais das conversas com autoridades locais.
Representantes de fundos de investimentos brasileiros e árabes, como Pátria e EB Capital, assinaram memorandos visando facilitar negócios entre as nações. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também está em discussões para parcerias com o fundo soberano saudita (PIF).
Além disso, foi proposto um Acordo de Facilitação de Comércio e Investimentos (ACFI) com a Arábia Saudita, visando ampliar o comércio bilateral, que em 2023 apresentou um déficit para o Brasil, com exportações de US$ 3,2 bilhões contra importações de US$ 3,5 bilhões.
Um memorando entre a ApexBrasil e a rede de hipermercados Lulu também foi assinado para promover produtos brasileiros na Arábia Saudita.
Na área de defesa, Alckmin firmou um acordo com o ministro da Defesa saudita, Khalid bin-Salman, discutindo a venda de aeronaves da Embraer, incluindo o modelo comercial e o militar KC-390.
Após a Arábia Saudita, Alckmin segue para a China, onde participará de reuniões na Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) e encontrará a presidente do Banco do Brics, Dilma Rousseff.
Um dos temas em discussão será a adesão do Brasil à iniciativa chinesa “Cinturão e Rota“, em meio a pressões geopolíticas dos Estados Unidos.